
Protestos no Brasil contra amnistia e imunidade parlamentar



Manifestações ocorreram em mais de uma dúzia de cidades brasileiras, incluindo o Rio de Janeiro e Brasília, convocadas por movimentos de esquerda e vários artistas. Os protestos visaram dois projetos de lei: um que prevê a possibilidade de amnistia para os condenados pela tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e outro que aumenta a imunidade dos parlamentares.
Em Brasília, os manifestantes reuniram-se na Esplanada dos Ministérios com o lema "sem amnistia", planeando dirigir-se ao edifício do Parlamento.
No Rio de Janeiro, na praia de Copacabana, era esperada a participação de ícones da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque. Entre os presentes, viam-se pessoas com camisolas vermelhas, associadas ao partido do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e outras com a bandeira brasileira, símbolo recentemente apropriado pelos apoiantes de Jair Bolsonaro, que foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pela tentativa de golpe. O projeto de lei sobre a imunidade parlamentar, já aprovado na Câmara dos Deputados, estipula que qualquer processo judicial contra um deputado necessita do acordo do Parlamento, através de votação secreta.
O presidente da câmara, Hugo Motta, defendeu a medida como uma proteção contra abusos judiciais.
No entanto, o projeto foi denunciado pelo Governo, com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a alertar que "o crime organizado poderia infiltrar-se no Parlamento".
A cantora Anitta também criticou a proposta nas redes sociais.
A indignação aumentou quando os deputados aprovaram o tratamento de urgência de um outro projeto de lei que visa amnistiar centenas de pessoas condenadas pela sua participação nos motins de 8 de janeiro de 2023, quando apoiantes de Bolsonaro invadiram as sedes dos três poderes para exigir uma intervenção militar que depusesse Lula. Os aliados de Bolsonaro pretendem que a amnistia se estenda ao ex-presidente.
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