Luz Verde de Bruxelas: Novo Banco Ruma a Mãos Francesas



A Comissão Europeia aprovou, na sexta-feira, 5 de dezembro, a aquisição do controlo exclusivo do Novo Banco pelo grupo francês BPCE.
A decisão, tomada ao abrigo do Regulamento das Concentrações da União Europeia, concluiu que a transação não suscita preocupações em matéria de concorrência, dada a "posição de mercado combinada limitada das empresas resultante da transação proposta".
Esta aprovação representa um passo crucial na venda do quarto maior banco português. Com esta operação, o BPCE, o segundo maior grupo bancário de França, tornar-se-á o acionista único do Novo Banco, adquirindo 100% do capital da instituição portuguesa.
A transação diz respeito, principalmente, aos setores bancário e financeiro em Portugal.
Segundo uma das notícias, embora Bruxelas tenha dado 'luz verde', ainda falta o aval do Banco Central Europeu (BCE), sendo que o grupo BPCE espera concluir a compra no primeiro semestre de 2026. O negócio foi formalizado em meados de 2025, com uma avaliação de cerca de 6,4 mil milhões de euros. Uma das fontes detalha que, no âmbito da operação, o Estado português receberá aproximadamente 1,6 mil milhões de euros pela sua participação de 25% (através da Entidade do Tesouro e Finanças e do Fundo de Resolução), enquanto o fundo Lone Star deverá encaixar cerca de 4,8 mil milhões pela sua posição de 75%. O Novo Banco foi criado em 2014, na sequência da medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao Banco Espírito Santo (BES). A instituição registou lucros de 610 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, apesar da descida da margem financeira.


















