Portugal no Centro da Rede Energética Europeia: Bruxelas Aprova Apoio a Corredores Estratégicos de Eletricidade e Hidrogénio



A Comissão Europeia anunciou a seleção de 235 projetos energéticos transfronteiriços que receberão o estatuto de Projetos de Interesse Comum e Projetos de Interesse Mútuo.
Desta lista, que é a segunda desde o lançamento da iniciativa em 2023, fazem parte dois corredores que abrangem Portugal, destinados a reforçar a conectividade energética e a acelerar a transição verde na União Europeia.
O primeiro projeto português selecionado visa a interligação elétrica entre Portugal e Espanha, com um traçado que passará por Ponte de Lima, Vila Nova de Famalicão, Beariz e Fontefría. O segundo é uma ambiciosa interconexão de hidrogénio que ligará Portugal, Espanha, França e Alemanha, contemplando a criação de uma infraestrutura interna de hidrogénio em território nacional e um interconetor com Espanha. Estes projetos beneficiarão de financiamento através do Mecanismo Interligar a Europa, bem como de processos de licenciamento e regulamentação acelerados para garantir uma implementação mais rápida.
Segundo a Comissão Europeia, estas iniciativas são cruciais para completar a União da Energia, aumentar a competitividade da UE, promover a descarbonização e reforçar a segurança e independência energética do bloco.
Bruxelas estima que as necessidades de investimento em infraestruturas energéticas na Europa se aproximem de 1,5 biliões de euros entre 2024 e 2040. Para apoiar estes desenvolvimentos, está prevista a apresentação de um Pacote das Redes Europeias, que inclui o projeto "Autoestradas de Energia" para resolver estrangulamentos transfronteiriços, como as interligações elétricas nos Pirenéus e um corredor sudoeste de hidrogénio. Os projetos serão financiados pelo Mecanismo Interligar a Europa, que já destinou cerca de oito mil milhões de euros a projetos desde 2014 e tem um orçamento previsto de quase 30 mil milhões de euros para o período 2028-2034. A lista de projetos será agora submetida ao Parlamento Europeu e ao Conselho da UE para aprovação.













