
Trump contra multa da UE à Google. “Não vamos permitir ações discriminatórias"



A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira a aplicação de uma multa de 2.950 milhões de euros à Google. A sanção deve-se ao abuso de posição dominante da multinacional tecnológica no mercado da publicidade digital, por alegadamente favorecer os seus próprios serviços em detrimento de outros prestadores.
A investigação, que teve início em 2021, concluiu que a empresa violou as regras de concorrência do bloco europeu.
Esta é uma das multas mais pesadas já aplicadas à Google, sendo a segunda mais alta de sempre por abuso de posição dominante, superada apenas por uma sanção de 4,125 mil milhões de euros em 2018, relacionada com o sistema operativo Android. Juntamente com a multa, Bruxelas exigiu que a Google ponha termo à prática de favorecimento dos seus serviços de tecnologia publicitária e que elimine os conflitos de interesses identificados na cadeia de abastecimento.
A reguladora para a concorrência, Teresa Ribera, ordenou que a empresa introduza medidas para limitar a sua posição dominante e alertou que, caso a Google não apresente uma "solução séria", não hesitará em impor "medidas mais fortes".
A empresa dispõe de 60 dias para informar a Comissão sobre como planeia cumprir as ordens, sob pena de Bruxelas poder ordenar o desmantelamento da empresa.
Em resposta, a Google já anunciou que irá recorrer da decisão.
Lee-Anne Mulholland, executiva responsável pela relação com as entidades reguladoras, classificou a multa como "injustificada".
A representante da empresa defendeu que as mudanças exigidas pela Comissão Europeia irão "prejudicar milhares de empresas europeias" e considerou a sanção mais um exemplo da "ação desproporcional" de Bruxelas em relação a empresas norte-americanas. De acordo com a imprensa especializada, a divulgação desta multa deveria ter ocorrido no início da semana, mas terá sido adiada pela Comissão Europeia devido a negociações com Washington no âmbito de uma "guerra aduaneira".
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