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Saúde Mental e 'Burnout' em Portugal

Apesar de uma perceção geral positiva sobre o bem-estar, um estudo europeu revela que a maioria dos portugueses se sente em risco de 'burnout' e uma percentagem significativa enfrenta problemas de saúde mental, contrastando com uma taxa de adesão à terapia residual.
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Um inquérito europeu recente revela um panorama preocupante sobre a saúde mental em Portugal.

Segundo os dados divulgados, 61% dos portugueses inquiridos afirmam sentir-se esgotados ou em risco de 'burnout'.

Adicionalmente, mais de um terço da população, correspondente a 36%, enfrenta problemas de saúde mental. As principais fontes de preocupação identificadas no estudo são de natureza financeira, o stress relacionado com o trabalho e a solidão.

Apesar da elevada prevalência destas questões, a procura por ajuda profissional é extremamente baixa.

Apenas 3% dos portugueses fazem terapia, um número que evidencia uma grande lacuna entre a necessidade e o acesso ou a vontade de procurar tratamento. Os principais obstáculos que impedem os portugueses de recorrer à terapia são o custo associado e a perceção de que esta pode ser ineficaz.

Esta hesitação contrasta com outros dados do mesmo estudo, que colocam Portugal numa posição relativamente favorável no contexto europeu. Numa análise que abrangeu 23 países, Portugal ocupa a 8.ª posição no que diz respeito ao bem-estar psicológico.

Cerca de 64% dos participantes portugueses classificaram a sua saúde mental como 'boa' ou 'muito boa'.

No topo desta classificação encontram-se países como a Irlanda, com 80% de respostas positivas, e a Hungria, com 76%.

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