Mau tempo condiciona buscas por três pescadores desaparecidos em Caminha



Três pescadores de nacionalidade indonésia continuam desaparecidos após o naufrágio da embarcação em que seguiam no domingo, junto a uma zona rochosa da ilha de Ínsua, em Caminha. Dos cinco tripulantes a bordo, dois foram resgatados e transportados para o hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, encontrando-se ambos fora de perigo, embora um deles apresente "um quadro clínico com mais reservas", segundo o capitão do porto de Caminha, Fernando Pereira.
O terceiro dia de buscas, esta terça-feira, foi fortemente condicionado pelo agravamento das condições meteorológicas.
A forte ondulação e o vento intenso obrigaram ao encerramento da barra de Caminha, limitando a operação de uma embarcação da Polícia Marítima ao seu interior. Durante a manhã, e aproveitando uma janela de oportunidade meteorológica, estiveram no local um helicóptero da Força Aérea Portuguesa e uma aeronave de salvamento espanhola.
Contudo, outros meios, como o salva-vidas "Atento", tiveram de recolher devido ao agravamento do estado do mar. As buscas em terra prosseguiram com patrulhas apeadas e motorizadas entre o forte do Cão e a foz do rio Minho.
As diligências realizadas até ao momento não produziram resultados.
O acesso ao Forte da Ínsua, realizado na segunda-feira e repetido na terça-feira durante a baixa-mar, permitiu apenas encontrar destroços da embarcação, sem qualquer vestígio dos desaparecidos.
Para quarta-feira, prevê-se uma ligeira melhoria do tempo, o que poderá permitir focar as buscas na zona do acidente. No entanto, Fernando Pereira adiantou que os meios afetos às operações serão gradualmente reduzidos, passando as buscas a ser efetuadas pelos elementos do comando local e bombeiros.
As capitanias vizinhas e as autoridades espanholas foram alertadas e mantêm-se vigilantes.
O armador e a seguradora estão a avaliar a remoção do barco encalhado.














