
Calçado português quer consolidar presença internacional



A indústria de calçado portuguesa espera que 2025 seja um ano de consolidação da sua presença internacional, apesar do cenário de instabilidade. Segundo a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS), o setor exporta mais de 90% da sua produção para mais de 170 países, o que é considerado uma vantagem por não depender de um único mercado. As declarações foram feitas durante a feira internacional de calçado MICAM, em Milão, onde participam 42 empresas portuguesas.
Contudo, a associação reconhece que os últimos dois anos foram difíceis para a fileira da moda e que é impossível fazer previsões precisas para os próximos meses. Entre os desafios está o recente acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, que impõe uma tarifa de 15% sobre os produtos europeus.
Embora esta taxa posicione Portugal de forma vantajosa face a concorrentes como a China (30%) ou a Índia (50%), a APICCAPS alerta para o risco de as empresas asiáticas aumentarem a concorrência noutros mercados estratégicos. A isto soma-se o modesto desempenho económico de mercados relevantes, como a Alemanha, que se encontra no limiar de uma recessão técnica e para onde Portugal exporta anualmente 400 milhões de euros em sapatos. Para enfrentar estes desafios, o setor tem investido em automação e sustentabilidade, com mais de 100 milhões de euros em projetos em curso.
Um exemplo é o projeto BioShoes4All, apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que desenvolve calçado com materiais reciclados.
Estrategicamente, a APICCAPS tem como objetivo colocar os EUA no "top três" dos principais destinos de exportação até ao final da década.
O Plano Estratégico do Cluster prevê um investimento total de 600 milhões de euros até 2030. Em termos de desempenho, as exportações de calçado no primeiro semestre de 2025 aumentaram 3,7% em valor, para 843 milhões de euros, e 5,4% em volume. Em 2024, as exportações do cluster atingiram 2.147 milhões de euros.
Relativamente aos apoios, as empresas enfrentaram atrasos e burocracia na transição entre quadros comunitários, mas o Governo português assegurou em Milão que irá acelerar e desburocratizar os processos de apoio à internacionalização.
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