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Domingo, Agosto 10

Temperatura sobe

Portugal e os países nórdicos enfrentam vagas de calor sem precedentes, com temperaturas recorde que colocam em alerta as autoridades e evidenciam a aceleração das alterações climáticas. Este fenómeno global tem consequências severas para a saúde pública, os ecossistemas e as infraestruturas sociais.
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Portugal enfrenta uma vaga de calor extremo, com previsões a apontar para temperaturas que podem ultrapassar os 43ºC no Sul do país.

A plataforma Meteored descreve a situação como “calor recorde”, identificando oito cidades no Alentejo e Ribatejo, como Ferreira do Alentejo, Moura, Serpa e Abrantes, onde os termómetros poderão atingir 44ºC ou mesmo 45ºC.

Todos os distritos do continente estão sob aviso meteorológico e a Proteção Civil elevou o nível de prontidão operacional para o máximo entre domingo e terça-feira, devido à “complexidade significativa” das condições e ao risco de incêndios rurais, tendo já registado 59 ocorrências num só dia.

Este fenómeno não é exclusivo de Portugal.

Os países nórdicos viveram um verão sem precedentes em 2025, com uma vaga de calor histórica que transformou regiões habituadas a verões de 18ºC em zonas com temperaturas superiores a 30ºC durante semanas. A Finlândia registou a mais longa onda de calor desde 1961, com 22 dias consecutivos de temperaturas extremas, enquanto na Noruega se registaram 13 dias seguidos acima dos 30ºC em zonas árticas. A Islândia teve o mês de julho mais quente desde 1933.

Este evento é visto como um sinal de que foi ultrapassado um “limiar climático crítico”, com o Ártico a aquecer a uma velocidade três vezes superior à do resto do planeta.

As consequências destas temperaturas extremas são severas.

Nos países nórdicos, os hospitais ficaram sobrecarregados, o setor do turismo entrou em colapso e os ecossistemas foram profundamente alterados, com o degelo acelerado de glaciares e do permafrost. A nível global, os dados de uma agência das Nações Unidas para o clima revelam que o aumento da temperatura foi a causa direta da morte de quase meio milhão de pessoas nos últimos 20 anos, sendo a Ásia e a Europa os continentes mais afetados. Face aos riscos, as autoridades de saúde, como a Direção-Geral da Saúde em Portugal, recomendam medidas de proteção, como evitar a exposição solar nas horas de maior calor (entre as 11h e as 17h), beber água regularmente e evitar esforços físicos ao ar livre.

Estas precauções são essenciais para prevenir a desidratação, o agravamento de doenças crónicas e a insolação.

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