Risco Máximo de Incêndio Rural em Portugal

O perigo de incêndio rural em Portugal intensificou-se, com cerca de 80 concelhos de nove distritos a serem colocados em risco máximo na quinta-feira, um aumento face aos mais de 50 concelhos em oito distritos registados no dia anterior.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos afetados são Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro.

A previsão indica que esta situação de perigo elevado se manterá, pelo menos, até sábado, abrangendo também várias outras zonas do interior norte, centro e Algarve com risco muito elevado.

A causa principal deste agravamento são as condições meteorológicas adversas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com base em dados do IPMA, alerta para a previsão de tempo quente e seco, com as temperaturas a poderem atingir os 40 graus Celsius no interior da região sul e nos vales do Tejo e Douro. A este cenário junta-se uma humidade relativa do ar muito baixa, inferior a 30% em grande parte do território, e com uma fraca recuperação durante a noite, fatores que criam condições favoráveis à ocorrência e propagação de incêndios. O IPMA determina o perigo de incêndio através de um cálculo com cinco níveis (de reduzido a máximo), que considera a temperatura, humidade, velocidade do vento e precipitação das últimas 24 horas. Em resposta a este cenário, a ANEPC emitiu um aviso à população, reforçando a necessidade de adotar medidas preventivas.

Nos dias de perigo "Muito Elevado" ou "Máximo", a legislação proíbe a realização de queimadas extensivas ou queimas de amontoados. É igualmente proibido utilizar fogo para cozinhar em espaços rurais, exceto nos locais devidamente autorizados, bem como fumigar apiários sem dispositivos de retenção de faúlhas e operar com certas máquinas como motorroçadoras ou corta-matos.

As autoridades apelam à adequação dos comportamentos ao risco e recomendam que a população se mantenha informada através dos canais oficiais.