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“Falta de água” provoca quebras de 20% na produção de azeite
Crise Climática no Olival: Seca e Calor Extremo Ditames Quebra de 20% na Produção de Azeitona
A Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal reviu em baixa as previsões para a campanha olivícola nacional, antecipando uma quebra de 20% na produção de azeitona devido ao calor extremo e à seca prolongada dos últimos meses.
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A Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal reviu drasticamente as suas previsões para a campanha da azeitona, duplicando a estimativa de quebra de produção de 10% para 20% em relação à campanha anterior. A atualização, que surge apenas duas semanas após a previsão inicial, foi motivada pelos dados dos primeiros dias de colheita, que confirmaram uma produção muito aquém das expectativas e geraram um "clima de preocupação no setor".
A principal causa para esta redução é o impacto do calor extremo e da ausência de chuva registados nos últimos quatro meses.
Segundo a associação e a sua diretora-executiva, Susana Sassetti, a seca e as temperaturas elevadas durante o período de maturação provocaram a desidratação do fruto, impedindo o seu desenvolvimento normal e comprometendo a produtividade.
O problema afeta todo o país, incluindo os olivais com sistema de rega, onde a escassez de água também se revela insuficiente para suster as perdas significativas. Esta quebra acentuada contrasta com a campanha anterior (2024/2025), que foi positiva, registando um aumento de produção de cerca de 10% para aproximadamente 177 mil toneladas. A redução na colheita de azeitona poderá ter um impacto direto no preço do azeite para os consumidores.
Portugal destaca-se no panorama internacional como o sexto maior produtor mundial e o terceiro maior exportador europeu, com a região do Alentejo a ser responsável por 80% a 90% da produção nacional, o que sublinha a importância económica do setor.
Apesar das previsões pessimistas, que indicam uma tendência comum de redução de produtividade com variações entre regiões, a Olivum assegura que continuará a acompanhar a evolução da colheita para fornecer dados atualizados.
A associação lançou também o projeto TerraOliva para promover a ligação entre o património arqueológico e a olivicultura.
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