
Candidatos à Câmara de Coimbra divididos sobre medidas para a habitação



Num debate na RTP3, os sete candidatos à Câmara Municipal de Coimbra apresentaram soluções distintas para a crise de habitação no concelho, focando-se nos prazos de licenciamento, nos imóveis devolutos e em parcerias com o movimento cooperativo. O atual presidente, José Manuel Silva, recandidato pela coligação Juntos Somos Coimbra, defendeu o seu mandato, destacando o investimento de 40 milhões de euros na Quinta das Bicas para mais de 200 fogos públicos e futuros arrendamentos acessíveis.
Atribuiu o aumento dos preços à lentidão passada nos licenciamentos, afirmando que o seu executivo duplicou anualmente a área de construção licenciada.
Ana Abrunhosa, da coligação Avançar Coimbra, concordou que os atrasos no licenciamento são um problema, mas argumentou que a situação persiste.
A candidata prometeu a construção de mil novos fogos para arrendamento acessível num mandato, através de terrenos municipais e parcerias com cooperativas e empresas de construção.
As propostas dos restantes candidatos variaram.
Francisco Queirós, da CDU, defendeu o apoio ao movimento cooperativo e a necessidade de alargar a construção de habitação social para responder às 826 famílias carenciadas identificadas.
José Manuel Pureza, do Bloco de Esquerda, propôs um levantamento dos imóveis devolutos e criticou o projeto da Quinta das Bicas, considerando-o "um erro".
A candidata do Chega, Maria Lencastre Portugal, e Sancho Antunes, do ADN, também se focaram nos edifícios devolutos, propondo, respetivamente, ajudar os proprietários na reabilitação e um programa para a Câmara recuperar e arrendar casas cedidas por privados.
Por fim, Tiago Martins, da Nova Direita, defendeu a fiscalização das habitações e considerou viável a promessa de mil fogos.
Atualmente, o executivo municipal é composto por 11 vereadores: seis da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
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