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Ministro da Educação assegura estar "sempre disponível" para falar com reitores

A anulação da entrada de 30 candidatos no curso de Medicina da Universidade do Porto gerou uma grave crise institucional, marcada por acusações de pressão política, trocas de acusações públicas entre o reitor, o ministro da Educação e o diretor da faculdade, e um profundo impacto na vida dos estudantes lesados.
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Uma polémica instalou-se na Universidade do Porto (U.Porto) após 30 candidatos ao concurso especial de acesso ao Mestrado Integrado em Medicina terem sido informados da sua admissão, para depois verem a sua colocação anulada. O processo iniciou-se quando a comissão de seleção da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP) decidiu, excecionalmente, baixar a nota mínima de admissão de 14 para 10 valores. A lista de colocados foi comunicada aos candidatos pela direção da FMUP, liderada por Altamiro da Costa Pereira, sem a homologação do reitor da universidade, António Sousa Pereira, a quem compete a decisão final.

Posteriormente, o reitor recusou homologar a lista, considerando-a ilegal por violar o regulamento do concurso, e as 30 vagas reverteram para o concurso nacional de acesso.

A situação escalou quando António Sousa Pereira denunciou, em declarações ao jornal Expresso, ter recebido “pressões de várias pessoas influentes” para admitir os candidatos.

A polémica envolveu o ministro da Educação, Fernando Alexandre, que negou veementemente ter exercido qualquer pressão e acusou o reitor de mentir, afirmando que foi o próprio reitor a contactá-lo. O diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, também acusou o reitor de “mentir” por “razões de natureza política”.

O reitor, por sua vez, garantiu não ter mentido e afirmou que nunca acusou diretamente o ministro.

Os 30 candidatos afetados confessaram-se lesados, relatando que tomaram decisões de vida drásticas com base na informação de que tinham sido admitidos, como abandonar empregos, vender casas, mudar de cidade e desistir de outros mestrados. Em resposta à crise, a Federação Académica do Porto (FAP) e as associações de estudantes exigiram a convocação urgente de um Senado Académico para obter esclarecimentos do reitor e do diretor da FMUP. A FAP pediu ainda a abertura de um inquérito interno para apurar responsabilidades, criticando a gestão do processo por parte da Reitoria e da Faculdade. A crise teve também repercussões políticas, com vários partidos (PSD, PS, IL, Livre, BE e JPP) a requererem audições parlamentares urgentes com o ministro da Educação, o reitor da U.Porto e o diretor da FMUP para esclarecer o caso.

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