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“Moedas precisa de excitar o seu eleitorado para que nao fuja como aconteceu com Fernando Medina há 4 anos”

A trágica queda do Elevador da Glória em Lisboa desencadeou uma intensa crise política, centrada na atuação e responsabilidade do presidente da Câmara, Carlos Moedas.
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O acidente com o Elevador da Glória, a 3 de setembro, que causou 16 mortos e 18 feridos, colocou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, sob intenso escrutínio político a um mês das eleições autárquicas. Moedas anunciou a abertura de um inquérito independente, mas declarou que não se demitirá, afirmando que só o faria se um ato seu tivesse tido interferência direta no acidente, pois alega que desconhecia quaisquer riscos associados ao funicular.

Esta definição de "responsabilidade política" foi criticada por, no limite, inviabilizar qualquer demissão.

Para defender a sua posição, Moedas comparou o seu caso ao de Jorge Coelho, que se demitiu em 2001 após a queda da ponte de Entre-os-Rios. O autarca de Lisboa afirmou que o então ministro socialista tinha conhecimento prévio do mau estado da ponte. Um dos artigos corrobora esta versão, referindo que o ministério de Coelho estava a par dos relatórios sobre o perigo e que o próprio ministro já tinha decidido pela construção de uma nova ponte. A demissão de Coelho, acompanhada pela frase "a culpa não pode morrer solteira", é recordada como um ato de dignidade e um marco na política portuguesa. A reação de Moedas à crise foi amplamente criticada, sendo descrita como desesperada e de quem "perdeu a cabeça".

O autarca foi acusado de "fugir, mentir e difamar", utilizando um tom considerado inaceitável ao chamar "sicários" a elementos do PS.

Os analistas sugerem que Moedas deveria ter adotado uma postura de estadista, focada em liderar a resposta à tragédia, mostrar empatia e dar respostas concretas sobre o apoio às vítimas e a segurança dos transportes, em vez de atacar adversários políticos.

Apesar das críticas à postura do autarca, uma das análises considera precipitada a exigência da sua demissão antes das conclusões do inquérito técnico.

No entanto, a mesma fonte considera "incompreensível" a manutenção em funções de Pedro Bogas, presidente da Carris.

A demissão de Bogas, que terá sido travada por Moedas, é vista como uma medida "higiénica" para garantir que a investigação decorresse sem suspeitas de encobrimento.

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