A Corrida à Inteligência Artificial: Entre a Inovação Acelerada e o Ceticismo do Mercado



A competição no setor da Inteligência Artificial (IA) está mais acesa do que nunca, forçando as grandes empresas a acelerar os seus planos.
A OpenAI, por exemplo, sob a liderança de Sam Altman, ativou um "código vermelho" para priorizar o desenvolvimento do ChatGPT e não ser ultrapassada pela rival Google, preparando-se para lançar o seu novo modelo GPT-5.2. Esta corrida pela supremacia tecnológica reflete-se também na Apple, que substituiu o seu executivo responsável pela área de IA, nomeando Amar Subramanya, com o objetivo de lançar a próxima geração da assistente digital Siri no próximo ano.
A influência da IA é já visível na vida quotidiana, como demonstrado pelos App Store Awards de 2025, onde as aplicações baseadas nesta tecnologia dominaram.
A Apple premiou a app Tiimo para iPhone, que usa IA para planeamento e organização, a Detail para iPad, que simplifica a edição de vídeo, e a Essayist para Mac, que auxilia na formatação de trabalhos académicos.
O CEO da Apple, Tim Cook, destacou como estas inovações enriquecem a vida das pessoas.
Apesar do sucesso no software, a aposta em hardware dedicado à IA gera ceticismo.
A CEO da Logitech, Hanneke Faber, considera estes gadgets "soluções para um problema que não existe", argumentando que os telemóveis atuais já desempenham a maioria das funções necessárias sem custos adicionais. Embora a sua empresa seja uma "forte defensora de Inteligência Artificial", Faber acredita que ainda não é o momento para este tipo de dispositivos, mesmo com projetos em desenvolvimento por parte da OpenAI e do designer Jony Ive, e após tentativas como o Rabbit R1 e o Humane AI Pin não terem convencido os consumidores. O avanço da IA estende-se também à esfera governamental, com o Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, a defender uma aposta clara na tecnologia para acelerar a transição digital e não "perder o comboio" da inovação.
No entanto, a rápida evolução exige cautela.
Especialistas mantêm-se otimistas, mas reconhecem a necessidade de precauções, como a que defende que a IA não deve ser utilizada para a cobertura de notícias de última hora.







