
Esclarecimentos de Mário Centeno sobre o novo edifício do Banco de Portugal



Numa audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, Mário Centeno abordou a polémica em torno da construção do novo edifício central do Banco de Portugal (BdP) em Lisboa. O governador criticou veementemente a divulgação de informação confidencial sobre o projeto, descrevendo-a como "truncada" e considerando uma falha momentânea do banco ter permitido que dados sujeitos a sigilo e atas de reuniões do Conselho de Administração fossem expostos publicamente.
O debate intensificou-se após notícias que indicavam que o custo final da obra poderia exceder significativamente os 192 milhões de euros acordados com a seguradora Fidelidade para a estrutura base ('core & shell'). Questionado sobre o valor total, Centeno admitiu que este ainda não está definido, afirmando que "o valor final a Deus pertence", uma vez que as decisões sobre acabamentos, como alcatifas e decorações, ainda não foram tomadas.
No entanto, revelou já existir um contrato adicional de 4,1 milhões de euros com uma empresa de arquitetura para os acabamentos. Centeno prefere classificar o projeto como um investimento, explicando que será financiado em dois terços pela venda de outros imóveis do BdP, e projeta uma poupança de 140 milhões de euros em 25 anos. Em relação aos riscos identificados por consultores, Centeno confirmou a existência de 13 contingências, mas garantiu que, se estas não forem resolvidas, o Banco de Portugal poderá sair do negócio sem qualquer custo. Durante a audição, o governador foi também confrontado sobre a renomeação do seu chefe de gabinete, Álvaro Novo, perto do final do seu mandato, uma decisão que defendeu com base nas regras das comissões de serviço. Na sua intervenção final, Mário Centeno afirmou ter sido uma "honra" servir como governador e destacou a maior estabilidade do sistema bancário, exemplificando com a venda do Eurobic e a proposta de aquisição do Novobanco.
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