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CEO da Ryanair Critica Aumento de Taxas Aeroportuárias em Portugal e Espanha

O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, acusou a ANA de pretender aumentar as taxas aeroportuárias para financiar o novo aeroporto de Lisboa, uma posição que ecoa as preocupações já manifestadas pelo Governo português.
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O presidente executivo (CEO) da Ryanair, Michael O’Leary, acusou publicamente a ANA, gestora dos aeroportos nacionais, de planear um aumento das taxas aeroportuárias com o objetivo de financiar a construção do futuro aeroporto de Lisboa, em Alcochete. Segundo O’Leary, esta medida obrigaria os passageiros que utilizam os aeroportos de Lisboa e do Porto a pagar antecipadamente por uma infraestrutura que só deverá estar operacional entre 2036 e 2037. O responsável da companhia aérea de baixo custo defende que, na Europa, a prática comum é que os passageiros paguem apenas pelas instalações que estão efetivamente a utilizar.

A proposta da ANA para aumentar as taxas a partir de 2026 já tinha sido recebida com ceticismo por parte do Governo português.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, afirmou, numa audição parlamentar no início do ano, que o executivo colocou em causa a validade desta componente do plano apresentado pela gestora aeroportuária.

As críticas de Michael O’Leary estenderam-se também a Espanha, onde a gestora Aena mantém taxas consideradas elevadas nos aeroportos regionais.

Como consequência, a Ryanair anunciou uma redução de cerca de 16% da sua operação no país em 2025, o que representa um corte de quase dois milhões de lugares.

A capacidade será transferida para outros mercados, como Itália, Marrocos, Croácia, Albânia, Hungria e Suécia.

A companhia já cessou as suas operações de verão em Valladolid e Jerez e manterá estes aeroportos fora dos seus planos.

Apesar da redução global em Espanha, focada nos aeroportos regionais, a Ryanair planeia aumentar a sua capacidade nos principais aeroportos do país, como Madrid e Barcelona.

O’Leary mostrou-se confiante de que a Aena acabará por reconhecer a posição da companhia e chegar a um acordo sobre as taxas regionais no prazo de um a dois anos.

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