Igreja Portuguesa Mobiliza-se perante a Crise Vocacional e Reforça Escuta dos Jovens



A Igreja Católica em Portugal assinala a Semana de Oração pelos Seminários, de 2 a 9 de novembro de 2025, sob o lema ‘Precisamos de ti’, num contexto de apelos urgentes por mais sacerdotes. Nas dioceses dos Açores e de Vila Real, os responsáveis eclesiais sublinham a necessidade de um envolvimento de toda a comunidade no fomento de novas vocações. O reitor do Seminário Episcopal de Angra, padre Emanuel Valadão Vaz, exorta os cristãos a serem “olheiros vocacionais”, capazes de identificar e incentivar nos jovens os sinais do chamamento de Deus. De forma semelhante, D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real, afirma que a sua diocese “precisa de mais sacerdotes” e anuncia um novo impulso na pastoral vocacional.
A realidade dos seminários reflete este desafio.
A Diocese de Angra conta com quatro seminaristas, que atualmente estudam no Porto. Em Vila Real, há cinco seminaristas maiores e um estagiário, que também recebem a sua formação na cidade do Porto, uma prática que remonta ao final dos anos 60.
No entanto, o Seminário Menor de Vila Real está sem alunos pelo segundo ano consecutivo, uma tendência observada noutras dioceses do país e da Europa. Face a esta realidade, a diocese de Vila Real cedeu parte do edifício do seminário por um prazo de 30 anos para garantir a sua reabilitação, mantendo as valências diocesanas numa ala renovada.
Para além dos apelos vocacionais, a Igreja portuguesa desenvolve outras iniciativas para reforçar a sua ligação com os fiéis.
O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) destaca a adesão ao processo ‘Escuta 360º’, uma auscultação nacional a jovens e agentes pastorais para construir o futuro Quadro de Referência da Pastoral Juvenil. Na Diocese do Porto, iniciaram-se as visitas pastorais à Vigararia de Oliveira de Azeméis – São João da Madeira, um momento de proximidade entre o bispo, D. Manuel Linda, e as comunidades locais para conhecer as suas realidades e dinamizar a ação pastoral.
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É professor na Escola Superior Agrária do Politécnico de Portalegre desde 2009, arquitecto paisagista e engenheiro agrónomo. Dirige, desde 2021, o Instituto Politécnico de Portalegre.

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