A Vanguarda da Gestão em Portugal: 70% dos Líderes Já Utilizam IA Generativa no Trabalho



De acordo com o estudo “Os desafios dos gestores na adoção da inteligência artificial generativa”, realizado pela AESE Business School e pelo Instituto Superior Técnico, cerca de 70% dos gestores portugueses já utiliza ferramentas de IA generativa no seu contexto profissional. A investigação, que inquiriu 406 pessoas da comunidade Alumni da AESE entre fevereiro e março, revela que a maioria destes profissionais, dos quais 45,8% desempenham funções de ‘senior management’ e 36,9% de ‘top management’, recorre a estas tecnologias várias vezes por semana. As principais finalidades de uso são a pesquisa de informação (indicada por 56% dos inquiridos), a escrita (46%) e a sumarização de textos (43%). Seguem-se a aprendizagem (39%), a análise de textos (37%), a geração de ideias (28%), a análise de dados (24%) e o apoio à decisão (18%).
A ferramenta mais popular é o ChatGPT, utilizado por 91% dos gestores, seguido pelo Copilot (55%) e pelo Gemini (27%).
O estudo nota que o dinamismo do setor exige atenção constante, pois a melhor ferramenta para uma tarefa pode ser rapidamente superada por outra.
A adoção da IA generativa é mais acentuada nas empresas de maior dimensão e em setores como finanças e banca, educação, tecnologias de informação e comunicação (TIC) e serviços profissionais. Em contrapartida, setores como a agricultura, construção, indústria e transportes demonstram menor adesão, sendo apontada a necessidade de um maior esforço na formação e demonstração das vantagens da tecnologia nestas áreas.
O estudo salienta que o acesso a ferramentas gratuitas e a modelos ‘open-source’ pode facilitar esta transição, mesmo para empresas de menor dimensão.
Apesar da elevada taxa de utilização, os autores do estudo consideram que a implementação ainda está numa fase inicial.
Os próximos desafios consistem em formar colaboradores e equipas para garantir que a quantidade de uso se traduza em qualidade e valor acrescentado.
O foco atual tem sido a utilização individual, sendo que o passo seguinte será a adoção corporativa, com a integração da IA generativa nos processos de negócio das empresas.
















