Certificados de Aforro voltam a ficar mais atrativos em setembro?

A taxa de juro da Série F dos Certificados de Aforro registará em setembro de 2025 a sua primeira subida em dois anos e meio, superando novamente os 2%. Esta inversão de tendência surge após um período de declínio, com a remuneração a sofrer cinco descidas consecutivas, em linha com a evolução da Euribor a três meses.

Em agosto, a taxa base atingiu 1,987%, o valor mais baixo desde setembro de 2022.

Apesar da recente perda de atratividade, o montante global investido neste produto de dívida pública ultrapassa os 38 mil milhões de euros. No entanto, os dados de julho revelam uma quebra no stock, que se fixou em 38,2 mil milhões de euros, uma descida de 1,06% em relação aos 37,8 mil milhões de junho. Em termos homólogos, o recuo foi de 12,6% face aos 33,9 mil milhões de euros registados em julho de 2024. Mesmo com a descida da remuneração, os Certificados de Aforro continuam a ser uma opção mais vantajosa do que os depósitos a prazo, cuja taxa média se situa em 1,43%. Para estimular a procura, em outubro do ano anterior foram alterados os limites de investimento.

O montante máximo por aforrador na série F duplicou para 100 mil euros, e o limite acumulado entre as séries E e F aumentou de 250 mil para 350 mil euros. Em contrapartida, os Certificados do Tesouro mantêm uma trajetória descendente, com o valor aplicado pelas famílias a cair para 8,6 mil milhões de euros em julho, abaixo dos 8,8 mil milhões do mês anterior e dos 10,2 mil milhões de julho de 2024.