Greve Geral a 11 de Dezembro: Sindicatos Mobilizam País Contra Reforma Laboral do Governo

As centrais sindicais CGTP e UGT convocaram uma greve geral para o dia 11 de dezembro como forma de protesto contra o anteprojeto de lei do Governo para a reforma da legislação laboral, com ações de luta agendadas para todo o país.

A greve geral convocada pela CGTP e pela UGT para o dia 11 de dezembro surge em resposta à proposta de alteração da legislação laboral apresentada pelo Governo.

Considerada "inoportuna" e de cariz político pelo executivo, a paralisação visa contestar o que os sindicatos descrevem como um "ataque aos direitos dos trabalhadores", levado a cabo por políticas que agravam a exploração e as desigualdades.

A União dos Sindicatos do Algarve (USAL/CGTP-IN) enquadra a greve como uma resposta às políticas do governo PSD/CDS, com o apoio do Chega e da IL. Após o anúncio da greve, o Ministério do Trabalho apresentou à UGT uma nova proposta na tentativa de travar a paralisação, mas a central sindical considerou as alterações "muito pouco" para a desconvocar.

O documento governamental cedia em matérias como a simplificação de despedimentos em médias empresas e a redução de horas de formação em microempresas, e abria a porta à reposição de três dias de férias. Contudo, mantinha medidas criticadas pelos sindicatos, como o regresso do banco de horas individual e a revogação de normas que restringem o ‘outsourcing’ em caso de despedimento. Para o dia da greve, a CGTP organizou um vasto plano de ações de luta que abrange 15 distritos e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

As manifestações e concentrações terão início às 10:00 em Braga, Lisboa e Viana do Castelo.

Seguem-se protestos noutras cidades ao longo do dia, como Coimbra e Santarém (11:00), Faro e Portalegre (11:30), e Porto (15:00).

Em Lisboa, está agendada uma manifestação para as 14:30, com percurso entre o Rossio e a Assembleia da República.

As reivindicações dos trabalhadores vão além da retirada do pacote laboral. Exigem também o aumento dos salários, mais direitos, o reforço dos serviços públicos, a consagração do direito à habitação e o cumprimento da Constituição da República Portuguesa, procurando um rumo de maior progresso e desenvolvimento para o país.