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Adoção Massiva, Profundidade Estratégica em Falta: O Paradoxo da IA em Portugal

A Inteligência Artificial (IA) generativa integrou-se no quotidiano de quase 95% dos portugueses, mas a sua adoção a nível individual contrasta com uma notória falta de estratégia empresarial e de competências avançadas.
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A Inteligência Artificial deixou de ser uma tecnologia emergente para se tornar uma ferramenta quotidiana para a maioria dos profissionais e estudantes em Portugal.

Segundo o estudo “IA – Impacto e Futuro 2025”, da Magma Studio em parceria com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Data Science Portuguese Association (DSPA), 94,8% dos inquiridos já utilizou ferramentas de IA generativa.

A frequência de uso é elevada, com 73,1% a recorrer a estas tecnologias semanalmente e 48,2% a fazê-lo todos os dias.

O ChatGPT destaca-se como a ferramenta mais popular, usada por 87,5% dos utilizadores, seguido pelo Copilot, com 37,6%.

A análise setorial revela que a maior intensidade de utilização se concentra nas áreas de Tecnologia e Inovação (29,5%), Suporte ao Cliente (27,8%) e Marketing e Comunicação (24,8%).

No entanto, esta rápida adoção individual não encontra correspondência no mundo empresarial.

Apenas 30,3% dos participantes considera que a sua empresa está a adotar a IA de forma estruturada e estratégica. A falta de comunicação interna é evidente, com quase um terço dos profissionais (28,8%) a desconhecer em que áreas da sua organização a IA já está a ser implementada. Um dos principais obstáculos identificados é a falta de capacitação. Cerca de 64,6% dos inquiridos não teve qualquer formação em IA generativa no último ano, e os que tiveram frequentaram maioritariamente ações introdutórias de curta duração. Esta lacuna cria o risco de Portugal consolidar um cenário de “utilizadores superficiais”, incapazes de transformar o conhecimento em produtividade avançada. A perceção de risco também parece limitada, com 64,7% dos profissionais a afirmar ter pouca ou nenhuma preocupação sobre a possibilidade de o seu trabalho ser substituído pela IA, o que pode indicar tanto confiança como desconhecimento do seu real impacto. Os padrões de uso confirmam um nível de maturidade inicial: os profissionais usam a IA maioritariamente para criação de conteúdos (50,4%) e investigação (43,5%), enquanto os estudantes a aplicam em investigação académica (64%) e automatização de tarefas (42,8%). Perante este cenário, o estudo recomenda a criação de programas de requalificação, uma estratégia nacional para uma IA responsável e incentivos para as empresas. Rafael Rocha, diretor-geral da CIP, sublinha a urgência de uma adoção mais estratégica para reforçar a competitividade do tecido empresarial português.

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