A 'Linha Amarela' de Israel: A Nova Fronteira Mortal na Faixa de Gaza



O chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, anunciou que a 'linha amarela' demarcada na Faixa de Gaza passa a ser a 'nova fronteira' com Israel. Num comunicado militar e num texto dirigido aos soldados da reserva, o comandante do exército israelita descreveu esta linha como 'uma linha de defesa avançada para os colonatos (israelitas) e uma linha de ataque'. Esta demarcação está ligada ao acordo de cessar-fogo com o Hamas, em vigor desde 10 de outubro, que previa uma retirada faseada das tropas israelitas para o interior do território delimitado pela 'linha amarela'. Apesar desta retirada inicial, mais de 50% da Faixa de Gaza continua sob controlo militar israelita para além desta linha imaginária. Desde o início do cessar-fogo, as tropas israelitas têm matado diariamente habitantes de Gaza sob o pretexto de 'ameaças imediatas'.
Segundo o Ministério da Saúde do enclave, o número oficial de mortos nestas circunstâncias já atingiu 366, sem contar com os registos mais recentes.
As vítimas incluem militantes e civis que alegadamente atravessam a 'linha amarela', muitas vezes por desconhecerem a sua existência enquanto tentam regressar às suas casas.
Num dos incidentes relatados, um palestiniano foi morto após ter alegadamente cruzado a linha na zona sul de Gaza, com o exército a justificar a ação como necessária para 'eliminar a ameaça' de um 'terrorista'.
A situação é igualmente crítica em Rafah, que Israel controla como zona militarizada desde abril, onde as tropas matam quase diariamente alegados milicianos.
De acordo com o Ministério da Saúde do enclave palestiniano, desde que Israel iniciou a sua ofensiva em Gaza em outubro de 2013, pelo menos 70.354 palestinianos foram mortos e mais de 171.030 ficaram feridos.












