
Disputa Tecnológica e Comercial entre EUA e China



A tensão comercial entre os Estados Unidos e a China está a forçar uma reconfiguração das cadeias de produção globais.
Em resposta às tarifas norte-americanas sobre importações chinesas, a multinacional de tecnologia Asus transferiu mais de 90% da sua produção de 'motherboards' e computadores destinados ao mercado dos EUA para países do Sudeste Asiático, como Tailândia, Vietname e Indonésia. Segundo o seu diretor financeiro, Nick Wu, a medida visa contornar as tarifas sobre componentes de aço e alumínio, embora a maioria do portfólio da empresa estivesse isenta.
Outras gigantes tecnológicas, como a HP e a Apple, estão a seguir estratégias semelhantes para reduzir a sua dependência da produção na China.
Simultaneamente, ambos os governos intensificam as medidas protecionistas em setores tecnológicos chave.
Os EUA impuseram restrições à TSMC, a maior fabricante mundial de semicondutores, nas suas exportações de 'chips' para a China.
Em retaliação, Pequim ampliou as taxas 'antidumping' sobre um tipo específico de fibra ótica (G.654.C) importada dos Estados Unidos, que vigorarão até, pelo menos, 2028.
O Ministério do Comércio chinês concluiu que empresas norte-americanas, como a Corning Incorporated e a OFS Fitel, estavam a contornar as tarifas existentes desde 2011.
Estas ações ocorrem apesar de uma recente suspensão de 90 dias na imposição de novas tarifas, indicando que as tensões persistem.
Neste cenário de disputa, a China continua a consolidar a sua posição no mercado tecnológico global. Pela primeira vez, no primeiro semestre do ano, a quota de mercado das empresas chinesas de ecrãs atingiu 52,1%, ultrapassando a Coreia do Sul (30%).
Embora a sul-coreana Samsung ainda mantenha a liderança em lucros operacionais, a sua margem diminui face a concorrentes chinesas como a TCL CSOT e a BOE, que se destaca pela sua capacidade de gerar receitas.
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