O Novo Xadrez Global: China e EUA Redefinem as Regras do Poder



A recente reunião entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump em Busan, na Coreia do Sul, a primeira em seis anos, marcou um ponto de viragem na dinâmica do poder global.
O encontro evidenciou o contraste entre a abordagem norte-americana, focada em ganhos imediatos, e a estratégia chinesa de paciência e influência a longo prazo, que se manifesta através da integração produtiva e de uma diplomacia que privilegia a persuasão sobre a coerção. Um dos resultados imediatos desta cimeira foi uma trégua comercial, na qual Pequim concordou em adiar por um ano a implementação de controlos rigorosos sobre a exportação de minerais de terras raras. A China, que domina cerca de 90% do mercado de refinação destes materiais essenciais para as indústrias automóvel, militar e de semicondutores, estendeu este acordo à União Europeia. A medida também incluiu a flexibilização da proibição de exportação de chips da empresa chinesa Nexperia.
Esta situação expôs a fragilidade da UE, que não conseguiu negociar um acordo bilateral próprio e teve de aceitar os termos definidos entre Washington e Pequim, apesar dos esforços do comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic.
Paralelamente, a China reforça a sua influência diplomática e económica a nível mundial.
Na 32.ª Reunião de Líderes Económicos da APEC, em Gyeongju, Xi Jinping apresentou cinco propostas para aprofundar a cooperação na região Ásia-Pacífico, defendendo o multilateralismo, a liberalização do comércio, a estabilidade das cadeias de abastecimento e um desenvolvimento inclusivo.
A China consolida também as suas parcerias estratégicas, como demonstram os laços com a Rússia, descritos como estando "no melhor momento em séculos", e a cooperação com Espanha, considerada um "parceiro estratégico fundamental na Europa", que será reforçada com a visita do rei Felipe VI. A Europa encontra-se numa posição delicada, dividida entre a sua aliança de segurança com os EUA e as suas dependências económicas asiáticas.
A dificuldade em assegurar o fornecimento de matérias-primas críticas levou a presidente da Comissão Europeia, Von der Leyen, a preparar um novo plano, o RESourceEU, para diversificar as fontes de abastecimento através de acordos com países como a Ucrânia, Austrália e Canadá. O continente enfrenta o desafio de definir uma estratégia autónoma para não se tornar um mero espectador na nova ordem mundial, mas sim um árbitro capaz de harmonizar os seus princípios e interesses.
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