Eixo Caracas-Moscovo-Pequim Consolida-se Face à Pressão Militar Norte-Americana



O governo venezuelano afirma estar a responder de “cabeça erguida” à crescente pressão dos Estados Unidos, que reforçaram a sua presença militar nas Caraíbas.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, classificou os EUA como “um dos impérios mais genocidas da história”, acusando Washington de utilizar o seu poderio militar, económico e tecnológico para causar danos.
Segundo Padrino López, o destacamento aéreo e naval norte-americano, que inclui aviões bombardeiros e submarinos nucleares, tem como objetivo “destruir” a Venezuela.
A administração do Presidente Donald Trump enquadra esta operação, denominada “Lança do Sul”, como uma iniciativa de combate ao narcotráfico. No entanto, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, considera-a uma tentativa de o destituir do poder e apelou ao país para se manter em alerta máximo. No âmbito desta operação, os Estados Unidos realizaram cerca de 20 ataques aéreos nas Caraíbas e no Pacífico contra embarcações acusadas de transportar droga, sem apresentar provas, resultando em 76 vítimas.
A situação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA a emitir um aviso de precaução para voos na região, o que levou seis companhias aéreas, incluindo a TAP, a cancelar as suas ligações para a Venezuela. Neste contexto de elevada tensão, a Venezuela recebeu declarações de apoio explícito da China e da Rússia. O Presidente chinês, Xi Jinping, numa carta a Nicolás Maduro, garantiu que a China continuará a apoiar a Venezuela na salvaguarda da sua soberania e segurança nacional, rejeitando “ingerências de forças externas”. Da mesma forma, o Presidente russo, Vladimir Putin, reiterou o compromisso com a “parceria estratégica” entre Moscovo e Caracas, manifestando confiança de que a Venezuela, sob a liderança de Maduro, superará as provações.












