China impõe sanções a empresas e indivíduos dos EUA por venda de armas a Taiwan



O governo chinês impôs sanções contra 20 empresas de defesa norte-americanas e dez indivíduos, incluindo executivos de topo, como retaliação pela venda de armamento a Taiwan. As medidas, de efeito imediato, incluem o congelamento de quaisquer ativos que as entidades e pessoas visadas possuam na China, a proibição de novos investimentos e a restrição de negócios com organizações e cidadãos chineses. Os indivíduos sancionados estão também proibidos de entrar no país.
Entre as empresas afetadas encontram-se gigantes do setor da defesa como a Boeing, Northrop Grumman Systems, L3Harris e VSE.
A lista de indivíduos inclui o fundador da empresa de defesa Anduril Industries e nove altos executivos das restantes companhias sancionadas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou que a questão de Taiwan está no "cerne dos interesses fundamentais da China" e constitui a "primeira linha vermelha que não pode ser ultrapassada" nas relações com os Estados Unidos. Pequim, que considera Taiwan uma parte inalienável do seu território e não descarta o uso da força para a "reunificação", advertiu que qualquer entidade envolvida na venda de armas à ilha terá de "pagar o preço pelos seus erros". A decisão surge num contexto de escalada de tensões, após Washington ter anunciado uma venda de armas no valor de 11,1 mil milhões de dólares a Taiwan, o maior pacote de sempre destinado à ilha. Outro fator mencionado foi a assinatura, pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, da Lei de Autorização de Defesa Nacional para 2026, que destina cerca de mil milhões de dólares para a cooperação em matéria de segurança com Taipé.















