
Banco Central da China mantém taxas de juro e mercados reagem



O Banco Popular da China (BPC) manteve, esta segunda-feira, a sua taxa de juro de referência para empréstimos a um ano (LPR) em 3%, pelo quinto mês consecutivo, uma decisão que estava em linha com as previsões dos analistas. A LPR a cinco anos ou mais, que serve de referência para os empréstimos hipotecários, também permaneceu inalterada nos 3,5%.
A última alteração a estas taxas ocorreu em maio, quando ambas foram reduzidas em 10 pontos base.
A decisão de manter as taxas surge apesar de um recente corte por parte da Reserva Federal dos EUA, o que gerou especulação de que o BPC poderia seguir o exemplo para aliviar a política monetária. No entanto, prevaleceram os receios de alimentar uma bolha nos mercados ou agravar o problema do excesso de capacidade industrial. A economia chinesa continua a enfrentar desafios significativos, incluindo a fraca procura interna e externa, riscos de deflação, uma crise prolongada no setor imobiliário e a falta de confiança entre consumidores e o setor privado.
A reação dos mercados financeiros foi imediata.
As principais bolsas europeias abriram em baixa, com o EuroStoxx 600 a recuar.
As praças de Londres, Paris e Frankfurt registaram perdas, sendo a de Madrid a que mais caiu, penalizada por uma operação entre o BBVA e o Banco Sabadell.
Em contraciclo, a bolsa de Lisboa apresentou uma valorização, com o índice PSI a avançar, no dia em que a Teixeira Duarte voltou a ser negociada no índice principal.
Noutros mercados, o sentimento foi misto.
Na Ásia, a bolsa de Tóquio fechou em alta, mas a de Hong Kong recuou.
Os futuros de Wall Street apontavam para quedas, após os índices Dow Jones e Nasdaq terem atingido novos máximos históricos na sessão anterior. No mercado de matérias-primas, o ouro atingiu um novo máximo de sempre, e os preços do petróleo Brent e WTI subiram.
O euro valorizou-se face ao dólar, enquanto a bitcoin registou uma queda superior a 2%.
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