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China tem plano para "estabilizar" crescimento das vendas de automóveis

A economia chinesa continua a ser um polo de atração para o investimento estrangeiro, como demonstrado na recente Feira Internacional para Investimento e Comércio, embora novas tensões comerciais e planos de reajustamento interno revelem a complexidade das suas relações económicas globais.
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A 25.ª Feira Internacional para Investimento e Comércio da China (CIFIT), realizada em Xiamen, reforçou a confiança dos investidores internacionais no mercado chinês, resultando na assinatura de 1.154 acordos avaliados em 644 mil milhões de yuans. O evento contou com mais de 1.100 entidades de 123 países e serviu de palco para multinacionais como o grupo alemão ZF e a Wilmar International de Singapura reafirmarem a importância do mercado chinês, considerado 'insubstituível'. Esta confiança é corroborada pela expansão de operações de empresas como a Saudi Aramco, que prepara uma nova unidade petroquímica, e a Danaher, que investiu na sua base em Xangai.

Contudo, a China enfrenta desafios internos e externos que motivam reajustes estratégicos.

O governo anunciou um plano para 'estabilizar' o crescimento do setor automóvel para 2025 e 2026, visando uma expansão mais moderada de 3% nas vendas em 2025, face aos 4,5% registados entre 2023 e 2024.

Esta medida surge em resposta a uma guerra de preços interna e a dificuldades na exportação, incluindo uma investigação por concorrência desleal por parte da União Europeia e o aumento de tarifas alfandegárias pelo México.

No plano bilateral, Portugal procura ativamente reforçar os laços económicos.

Durante uma visita oficial a Pequim, o primeiro-ministro Luís Montenegro manifestou o interesse em captar mais investimento chinês, que em 2024 atingiu um recorde de 3,96 mil milhões de euros no país.

Projetos como a fábrica de baterias da CALB em Sines e os investimentos da China Three Gorges e do grupo Fosun são exemplos desta cooperação.

Montenegro pretende também equilibrar a balança comercial, incentivando a presença de empresas portuguesas, nomeadamente do setor agroalimentar, no mercado chinês.

Apesar destes esforços de aproximação, surgiram novas tensões comerciais.

O Ministério do Comércio chinês impôs medidas antidumping provisórias sobre a carne de suíno e subprodutos provenientes da União Europeia, com taxas que variam entre 15,6% e 62,4%.

A decisão, que afeta diretamente os produtores europeus, foi anunciada apesar das tentativas de intervenção de Luís Montenegro durante a sua visita. A decisão final sobre o caso é esperada para o primeiro trimestre de 2026.

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