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Empresas aumentam receitas e diminuem custos em mais de 10% com adoção de IA

A Inteligência Artificial está a transformar rapidamente o mercado de trabalho, provocando despedimentos em grandes empresas tecnológicas ao mesmo tempo que exige uma nova e constante capacidade de adaptação por parte dos profissionais.
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O avanço da Inteligência Artificial (IA) já está a ter consequências diretas no mercado de trabalho, com empresas tecnológicas como a Salesforce, a Microsoft e a Crowdstrike a anunciarem cortes de pessoal justificados por ganhos de “eficiência”.

Esta tendência alimenta preocupações mais vastas sobre o futuro do emprego, com figuras proeminentes como o “padrinho da IA” a prever que a tecnologia irá causar desemprego em larga escala, embora possa, simultaneamente, aumentar exponencialmente os lucros dentro do sistema capitalista.

Perante este cenário de mudança acelerada, a adaptação torna-se fundamental.

Demis Hassabis, cientista, presidente da DeepMind da Google e laureado com o Prémio Nobel da Química de 2024, defende que a competência mais importante para a próxima geração será “aprender a aprender”. Durante um evento em Atenas, na Grécia, Hassabis sublinhou que, dada a imprevisibilidade do futuro tecnológico, as “meta-competências” — a capacidade de abordar e aprender novos assuntos — serão mais valiosas do que as disciplinas tradicionais.

Salientou ainda a necessidade de uma aprendizagem contínua ao longo de toda a carreira profissional, uma vez que se espera que a IA consiga realizar muitas tarefas tão bem como os humanos dentro de uma década.

As implicações da IA estendem-se para além do emprego e da educação, levantando questões sobre a equidade económica.

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, presente no mesmo evento, alertou para o risco de a revolução da IA criar uma acentuada desigualdade financeira global, caso os seus benefícios não sejam partilhados de forma ampla pela população.

A perceção pública dos benefícios pessoais será crucial para evitar o ceticismo em relação à tecnologia.

Enquanto o debate sobre o seu impacto social e económico decorre, o desenvolvimento da IA continua em diversas frentes.

O trabalho de Hassabis, que lhe valeu o Nobel, é um exemplo do seu potencial positivo, utilizando sistemas de IA para prever o enovelamento de proteínas, um avanço crucial para a medicina e a descoberta de fármacos. Em Portugal, foi anunciado um modelo de IA chamado “Amália”, mas, ao contrário de ferramentas de acesso geral, o seu uso será restrito à administração pública.

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