Presidenciais Portuguesas: A História Democrática em Números



Após o 25 de Abril de 1974, a democracia portuguesa consolidou-se através de onze eleições presidenciais, que resultaram na eleição de cinco chefes de Estado: António Ramalho Eanes (1976-1986), Mário Soares (1986-1996), Jorge Sampaio (1996-2006), Cavaco Silva (2006-2016) e Marcelo Rebelo de Sousa (2016-2026). Ao longo destes atos eleitorais, os portugueses depositaram um total de 49,84 milhões de votos nas urnas. A eleição agendada para 18 de janeiro de 2026 será a 12.ª vez que os cidadãos são chamados a escolher o Presidente da República, incluindo as duas voltas de 1986. A eleição presidencial de 1986 foi a única até à data a exigir uma segunda volta. Na primeira volta, a 26 de janeiro, nenhum candidato alcançou a maioria absoluta: Diogo Freitas do Amaral obteve 46,31%, Mário Soares 25,43%, Francisco Salgado Zenha 20,88% e Maria de Lurdes Pintassilgo 7,38%, com uma abstenção de 24,62%. No segundo sufrágio, a 16 de fevereiro, Mário Soares venceu com 51,18% dos votos, contra os 48,82% de Freitas do Amaral, tendo a abstenção diminuído para 22,01%.
As sondagens atuais indicam que as eleições de 2026 poderão também vir a ter uma segunda volta.
A participação eleitoral tem variado significativamente.
A eleição de 1986 registou o maior número absoluto de votantes (5.880.078), enquanto a de 1980, que reelegeu Ramalho Eanes, teve a taxa de abstenção mais baixa (15,8%). Em contraste, a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa em 2021 foi a que mobilizou menos eleitores (4.173.174).
No total, 43 candidatos concorreram ao cargo até 2021, incluindo apenas cinco mulheres.
O recorde de candidaturas num só ato eleitoral foi atingido em 2016, com dez nomes a sufrágio.
Para as eleições de 2026, já foram anunciadas várias candidaturas, nomeadamente as de António Filipe (apoiado pelo PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (apoiado pelo Livre) e Luís Marques Mendes (com o apoio do PSD).
Além destes, mais 31 cidadãos encontram-se a recolher assinaturas para formalizar as suas candidaturas.















