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Crescimento Económico e Revisão Estrutural: A Dupla Agenda da CIP para a Competitividade

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) antecipa um crescimento económico de 2,2% para o terceiro trimestre de 2025, mas alerta para a sua sustentabilidade, ao mesmo tempo que pressiona por uma atualização crucial das regras europeias que definem as Pequenas e Médias Empresas (PME).
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De acordo com o Barómetro de Conjuntura Económica da CIP e do ISEG, a economia portuguesa deverá registar um crescimento de 2,2% no terceiro trimestre de 2025, em termos homólogos, e de 0,6% em cadeia. Esta previsão confirma a aceleração do ritmo de crescimento observada desde o início do ano, sustentada pelo bom desempenho dos setores da indústria, comércio e construção, e em particular pelo reforço do consumo privado. Apesar do otimismo, o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha, alerta para a fragilidade de um modelo de crescimento que assenta essencialmente no consumo privado. A preocupação reside no facto de este impulso provir de aumentos pontuais do rendimento disponível das famílias, impulsionados por medidas orçamentais e pelo dinamismo do mercado de trabalho, o que pode não ser sustentável a longo prazo. Pelo lado positivo, o barómetro destaca o reforço do investimento público e privado, impulsionado pela execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Contudo, existe a preocupação com o agravamento esperado do contributo negativo da procura externa líquida, com a desaceleração das exportações.

O Índice de Confiança ISEG sublinha, ainda assim, uma subida do nível de confiança em relação ao trimestre anterior. Paralelamente à análise conjuntural, a CIP está a pressionar a Comissão Europeia para que reveja os critérios de definição de uma PME, que não são alterados há 22 anos, desde 2003. A confederação argumenta que a desatualização destes parâmetros — volume de negócios, ativos totais e número de trabalhadores — impede que muitas empresas acedam a fundos europeus, como os do programa Portugal 2030. A CIP defende que os limiares sejam atualizados, no mínimo, pela taxa de inflação acumulada entre 2003 e 2024, que foi de 62%. Isto elevaria o teto do volume de negócios de 50 para 81 milhões de euros e o do ativo total de 43 para 70 milhões de euros. Tal alteração aumentaria o número de empresas elegíveis para apoios comunitários, o que poderia também ajudar a acelerar a taxa de execução dos fundos.

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