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Aumento da circulação do vírus da gripe em Portugal destaca a importância da vacinação pediátrica

A circulação do vírus da gripe está a aumentar em Portugal, sobrecarregando os serviços de urgência, com as crianças a emergirem como um grupo de particular preocupação tanto pela sua vulnerabilidade como pelo seu papel na propagação da doença.
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Com a chegada do frio intenso, a circulação do vírus da gripe está a intensificar-se em Portugal, resultando num número crescente de pessoas com sintomas de infeções respiratórias a procurar as urgências hospitalares.

As autoridades de saúde preveem um agravamento da situação nos próximos dias, que poderá levar à descompensação dos grupos mais vulneráveis.

Neste contexto, a gripe pediátrica assume especial relevância.

Contrariamente à ideia de que as crianças sofrem apenas de formas ligeiras da doença, estas são vetores importantes na propagação do vírus influenza, podendo transmiti-lo mesmo antes do aparecimento de sintomas e por um período mais longo. A falta de noção sobre etiqueta respiratória em idades mais jovens facilita o contágio, e as manifestações clínicas podem variar de quadros assintomáticos a casos graves que exigem hospitalização, mesmo em crianças previamente saudáveis. Um estudo sobre o impacto da gripe na população pediátrica com menos de cinco anos, realizado na década pré-pandémica (2008/09 – 2017/18), revelou uma média anual de 189 hospitalizações em Portugal, das quais nove em cada dez ocorreram em crianças sem doenças prévias. O mesmo estudo apontou para cerca de 95 mortes evitáveis e custos associados a internamentos de pelo menos 2,9 milhões de euros anuais, com a maioria (66,5%) a ser proveniente de crianças saudáveis.

Face a estes dados, a vacinação infantil é apresentada como uma solução crucial.

A Organização Mundial de Saúde recomenda a inclusão de crianças nos programas de imunização sazonal. Alinhada com esta perspetiva, a Direção-Geral da Saúde, na norma para a época 2025/2026, recomenda a vacinação de todas as crianças com menos de cinco anos, sendo gratuita para as menores de dois anos. A experiência de Espanha, onde a vacinação de crianças entre os 6 e os 59 meses resultou numa redução de 70% na procura dos cuidados de saúde primários e de 77% nas hospitalizações, reforça os benefícios desta medida. A vacinação pediátrica protege não só as crianças, mas também os grupos de risco através da imunidade de grupo, evitando absentismo escolar e laboral e reduzindo os custos para o sistema de saúde.

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