Modernização da Linha do Douro: Interrupção de Cinco Meses para um Futuro Eletrificado

A Infraestruturas de Portugal (IP) e a CP – Comboios de Portugal anunciaram a interrupção da circulação na Linha do Douro, no troço entre Marco de Canaveses e Peso da Régua. A suspensão terá a duração de cinco meses, com início a 3 de novembro de 2025 e término previsto para abril de 2026. Esta medida é necessária para avançar com a empreitada de eletrificação e modernização da linha, focando-se em trabalhos de elevada complexidade técnica e logística. O principal motivo da interrupção é a necessidade de realizar o reforço estrutural e o rebaixamento da plataforma ferroviária em seis túneis existentes no troço, destacando-se a intervenção no Túnel do Juncal, o segundo maior da Rede Ferroviária Nacional com 1.624 metros.

Segundo as empresas, a execução destes trabalhos em espaços reduzidos e de difícil acesso torna a interrupção imprescindível.

O período de inverno foi escolhido para minimizar o impacto, por ser a época de menor procura.

Durante a interrupção, será disponibilizado um serviço de transporte rodoviário alternativo, articulado com as autarquias locais. A empreitada de eletrificação deste troço de 47 quilómetros foi adjudicada em janeiro ao consórcio Casais e Somafel por 110,7 milhões de euros, com um prazo de execução de três anos.

A intervenção abrange a eletrificação integral, a modernização das estações e a reabilitação dos túneis.

Na estação da Régua, está prevista a construção de um cais de 200 metros para comboios Intercidades. O investimento global na linha está estimado em 460 milhões de euros, incluindo os projetos futuros para os troços Régua-Pocinho e Pocinho-Barca d’Alva, este último desativado desde 1988. Atualmente, a linha está eletrificada apenas até Marco de Canaveses.