Clubes de futebol gastaram um valor recorde de quase 1,2 mil milhões de euros em comissões de agentes em 2025

Os gastos dos clubes de futebol com comissões de agentes para transferências internacionais atingiram um valor recorde em 2025, ultrapassando os 1,1 mil milhões de euros, o que representa um aumento substancial face ao ano anterior.

Os clubes de futebol gastaram um total de 1.168,51 milhões de euros em comissões de agentes para transferências internacionais ao longo de 2025, um aumento de 90% em comparação com 2024. Este valor, divulgado no Relatório de Agentes de Futebol da FIFA 2025, constitui o total mais alto de sempre registado num único ano, superando largamente o recorde anterior de 758,60 milhões de euros estabelecido em 2023.

A maior parte desta despesa foi efetuada por clubes filiados na UEFA.

O domínio europeu é liderado pelos clubes ingleses, que foram os que mais investiram, com um gasto superior a 319,85 milhões de euros. Seguem-se os emblemas alemães, com 140,73 milhões de euros, os italianos, com 121,63 milhões, e os espanhóis, com 92,29 milhões de euros.

Adicionalmente, Inglaterra registou a maior percentagem de transferências envolvendo um agente no clube de destino (51,1%), enquanto a Sérvia teve a maior taxa de vendas facilitadas por um agente no clube de origem (28,7%). O ano de 2025 também estabeleceu novos recordes no que toca ao envolvimento de agentes, que participaram em 3.010 transferências internacionais, um crescimento de 38,1% em relação a 2024. Ocorreram ainda 3.730 vendas internacionais em que um agente representou o jogador contratado, o que equivale a 15,3% do total e representa um aumento de 19,9% face ao ano anterior.

No futebol profissional feminino, a tendência de crescimento foi igualmente notável. As despesas dos clubes com serviços de agentes ultrapassaram os 5,29 milhões de euros, um valor 13 vezes superior ao de 2020 e mais do dobro do registado em 2024 (2,64 milhões de euros). Segundo Patricio Varela, chefe do Departamento de Agentes da FIFA, estes números confirmam a "crescente importância dos agentes no futebol profissional", prevendo que a tendência se mantenha no próximo ano.