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Ações da Impresa quase duplicam valor após confirmação das negociações com grupo da família de Berlusconi
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Grupo Impresa negoceia venda de participação ao grupo italiano MFE
O grupo de media português Impresa, detentor da SIC e do Expresso, confirmou estar em negociações exclusivas com o grupo italiano MFE para a venda de uma participação relevante, uma notícia que levou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a suspender a negociação das suas ações.
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A Impresa SGPS, proprietária da estação de televisão SIC e do jornal Expresso, admitiu estar a negociar com o grupo italiano MFE-MediaForEurope, controlado pela família de Silvio Berlusconi, a potencial aquisição de uma participação relevante.
A confirmação surgiu em comunicados enviados à CMVM, após a notícia ter sido inicialmente avançada pelo jornal italiano Il Messaggero e subsequentemente divulgada por outros meios de comunicação.
Em resposta a um pedido de esclarecimento do regulador, a Impresa informou que o seu acionista maioritário está a desenvolver contactos, em regime de exclusividade, com o MFE, embora reitere que, até à data, não existe qualquer acordo vinculativo entre as partes.
Na sequência destas notícias, o Conselho de Administração da CMVM determinou a suspensão da negociação das ações da Impresa na bolsa.
A justificação oficial para esta medida foi a necessidade de “permitir ao mercado absorver a informação entretanto divulgada”, garantindo que todos os investidores tivessem acesso aos mesmos dados antes de retomarem as transações. As negociações poderão resultar numa mudança de controlo acionista no grupo de media português.
Uma das possibilidades em cima da mesa é a entrada do MFE através da Impreger, a holding da família Balsemão que controla a Impresa, com a aquisição de uma posição de 75%. Caso este cenário se concretize, a família Balsemão passaria a ser acionista minoritária e, de acordo com a lei portuguesa, o grupo MFE seria obrigado a lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade das ações da Impresa SGPS. A abertura à entrada de novos investidores já tinha sido admitida em julho por Francisco Pedro Balsemão, perante a crescente pressão financeira sobre o grupo.
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