CNA pede alargamento do prazo de apoio a viticultores do Douro

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) instou o Governo a prolongar o prazo de candidatura a um apoio crucial para os viticultores do Douro, argumentando que o período atual é insuficiente para quem ainda está a vindimar.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) solicitou formalmente ao Ministério da Agricultura o alargamento do prazo para os viticultores da Região Demarcada do Douro (RDD) se candidatarem ao apoio para uvas destinadas a destilação.

Esta medida, que se insere num plano de ação governamental para o setor vitivinícola, atribui um apoio de 50 cêntimos por quilo de uva, sendo que o prazo para a campanha 2025-2026 termina a 25 de setembro. A CNA justifica o pedido com o facto de a vindima ainda estar a decorrer em muitas propriedades, o que impede os agricultores de apurarem com antecedência o resultado final da colheita e, consequentemente, as quantidades a entregar para destilação. Para salvaguardar os rendimentos dos viticultores, a confederação propõe que as candidaturas se possam realizar em dois momentos: a manutenção do prazo original para quem já terminou a vindima e a sua prorrogação até 10 de outubro para os que ainda estão a vindimar. Adicionalmente, a CNA defendeu a antecipação dos pagamentos, para que os produtores não tenham de aguardar até 31 de dezembro para receber o apoio. A organização alerta para a degradação acelerada da situação dos viticultores durienses, que enfrentam preços de produção estagnados há 25 anos, um aumento acentuado dos custos e dificuldades de escoamento agravadas por um corte de 15.000 pipas no "benefício" — a quantidade de mosto que pode ser usada para produzir Vinho do Porto. O plano do Governo, que surgiu após queixas dos produtores sobre os baixos preços e a dificuldade em escoar as uvas, tem uma dotação orçamental de 15 milhões de euros para esta medida.

O objetivo é assegurar um rendimento mínimo aos viticultores e ajudar a reduzir os excedentes de vinho na região.

A obtenção do apoio requer um acordo prévio entre viticultor, vinificador e destilador, com regras definidas pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

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