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Cometa interestelar 3I/ATLAS aproxima-se da Terra e mobiliza cientistas

A passagem do cometa interestelar 3I/ATLAS nas proximidades da Terra captou a atenção da comunidade científica mundial, proporcionando uma oportunidade única de estudo e servindo para testar os sistemas de defesa planetária da Europa.
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O cometa interestelar 3I/ATLAS realizou a sua máxima aproximação à Terra na passada sexta-feira, dia 19 de dezembro, passando a uma distância segura de cerca de 270 milhões de quilómetros, o que equivale a mais de 700 vezes a distância entre a Terra e a Lua. Descoberto há cerca de seis meses no Chile pelo sistema de telescópios ATLAS, este é apenas o terceiro objeto interestelar alguma vez registado, seguindo-se a 'Oumuamua e 2I/Borisov. A sua trajetória hiperbólica confirma que está apenas de passagem pelo nosso sistema solar e não regressará.

Apesar de não representar qualquer ameaça, o evento teve um elevado valor científico.

A composição química do 3I/ATLAS revelou-se invulgar, com uma presença elevada de dióxido de carbono e níquel ionizado na sua coma, sugerindo uma origem distinta da dos cometas do nosso sistema solar.

Os cientistas consideram-no um objeto transicional, entre um cometa e um asteroide, e a sua passagem é vista como um laboratório natural para estudar "ingredientes pré-bióticos" que poderiam ter sido transportados entre sistemas estelares.

Embora teorias sobre uma possível origem artificial tenham sido sugeridas, a NASA refutou-as com base nos dados disponíveis.

Aproveitando a passagem do cometa, a Europa ativou o maior exercício de teste de defesa planetária da sua história. A iniciativa não foi motivada por um risco real, mas serviu como uma simulação para testar e aperfeiçoar toda a cadeia de resposta a futuras ameaças espaciais, desde a deteção e cálculo de órbita até à coordenação internacional e emissão de alertas. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta global a objetos que possam representar um perigo real.

A observação do 3I/ATLAS a partir de Portugal não foi possível a olho nu.

Exigiu, no mínimo, binóculos ou um telescópio simples e um céu escuro, longe da poluição luminosa das cidades.

Mesmo com equipamento, o cometa apareceu apenas como um ponto de luz ténue, reforçando que o seu verdadeiro valor não foi o espetáculo visual, mas sim o conhecimento científico que a sua breve visita proporcionou.

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