UE decreta fim da dependência energética: Gás russo banido 'para sempre'



Durante um debate no Parlamento Europeu, o Comissário para a Energia, Dan Jørgensen, classificou a medida como uma "decisão histórica" e "sem volta atrás", sublinhando que não é temporária nem limitada no tempo. Jørgensen insistiu que a proibição é um "não para sempre", que se manterá "mesmo que haja paz [na Ucrânia]", pois a UE não se pode dar "ao luxo de repetir os erros do passado". O comissário pediu o respaldo dos eurodeputados, afirmando que a decisão não poderá ser revista ao sabor de circunstâncias nacionais de um Estado-membro.
A posição do Executivo comunitário foi corroborada por membros do Parlamento Europeu.
O eurodeputado finlandês Ville Matti Niinistö, correlator do relatório, apelou a uma visão a "longo prazo", vendo na medida uma oportunidade para a UE "acabar com a dependência [energética] de países terceiros".
Inese Vaidere, eurodeputada da Letónia e também correlatora, sustentou que a Rússia "nunca foi um parceiro viável", acusando-a de ter manipulado sempre o fornecimento de gás para desestabilizar governos, utilizando-o como "arma de arremesso", como ficou claro com a Ucrânia. A União Europeia chegou a um acordo a 3 de dezembro para proibir todas as importações de gás russo até ao outono de 2027. O regulamento prevê um calendário faseado: a proibição das importações de gás natural liquefeito (GNL) no mercado spot entrará em vigor no início de 2026; a interdição do gás transportado por gasoduto será aplicada a partir de 30 de setembro de 2027; e a proibição dos contratos de longo prazo terá efeito, o mais tardar, a 1 de novembro de 2027.









