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Comissária da UE classifica como genocídio situação em Gaza e lamenta inação dos 27

A comissária europeia Teresa Ribera classificou a situação na Faixa de Gaza como genocídio, tornando-se na primeira alta figura do executivo da UE a usar o termo e evidenciando a profunda divisão europeia perante a escalada do conflito e da crise humanitária.
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A vice-presidente executiva da Comissão Europeia, a espanhola Teresa Ribera, descreveu a situação na Faixa de Gaza como um "genocídio", criticando a incapacidade da União Europeia (UE) para "agir e falar a uma só voz".

Esta declaração, a primeira do género por um membro do executivo comunitário, reflete a profunda fratura entre os 27 Estados-membros.

Países como a Alemanha continuam a defender o direito de Israel à autodefesa, enquanto outros, como a Espanha, denunciam a violência contra os palestinianos.

Esta divisão tem paralisado qualquer ação concertada, apesar de a Comissão ter concluído que Israel violava cláusulas de direitos humanos do seu acordo de associação com a UE. O governo israelita reagiu de forma veemente, considerando as declarações "totalmente inaceitáveis" e acusando a comissária de se tornar "porta-voz da propaganda do Hamas". O conflito, iniciado a 7 de outubro de 2023 com um ataque do Hamas que resultou em 1.200 mortos e 251 reféns em Israel, já provocou pelo menos 64.231 mortos e 161.583 feridos em Gaza, segundo as autoridades locais, números considerados fiáveis pela ONU. A crise humanitária é catastrófica, com a ONU a declarar oficialmente o estado de fome na cidade de Gaza e a denunciar o uso da fome como arma de guerra. No terreno, a ofensiva israelita intensifica-se, com o exército a anunciar o controlo de 40% da Cidade de Gaza e a prometer a continuação das operações.

Os ataques recentes provocaram dezenas de mortos, incluindo mulheres e crianças.

Paralelamente, surgem dados que questionam a natureza das detenções efetuadas por Israel.

Segundo informações da Direção de Inteligência Militar de Israel (AMAN), a maioria dos palestinianos detidos são civis; apenas cerca de um em cada quatro está associado a ramos militares do Hamas ou da Jihad Islâmica Palestiniana. Organizações de direitos humanos denunciam que Israel tem "raptado deliberadamente" civis em massa, mantendo-os em "condições atrozes" ao abrigo da Lei de Detenção de Combatentes Ilegais.

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