menulogo
Notícias Agora
user
Local Sexta-feira, Agosto 8

Concluído primeiro túnel do Plano Geral de Drenagem de Lisboa

O primeiro de dois túneis do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) está concluído, um marco fundamental num projeto que visa proteger a capital portuguesa de cheias e preparar a cidade para os desafios das alterações climáticas.
News ImageNews ImageNews Image

A conclusão do primeiro túnel do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL), que liga Campolide a Santa Apolónia, foi assinalada a 22 de julho com uma cerimónia oficial. A obra, descrita pelo autarca Carlos Moedas como a "maior da Europa continental", consistiu na construção de um túnel com cerca de cinco quilómetros de extensão, a profundidades que variam entre os 40 e os 70 metros. A tuneladora, que iniciou os trabalhos em dezembro de 2023, passou sob pontos críticos da cidade como a Avenida da Liberdade, o Hospital de Santa Marta e a Avenida Almirante Reis. Na cerimónia estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e a Comissária Europeia para o Ambiente, Jessica Roswall.

O PGDL, com um investimento total de cerca de 250 milhões de euros, foi concebido para proteger Lisboa de cheias e inundações resultantes de precipitação extrema. O plano prevê a construção de dois grandes túneis (coletores) para desviar o excesso de águas pluviais das bacias de drenagem de Monsanto e Chelas para o rio Tejo. Além da proteção contra cheias, o projeto visa combater a escassez de água. Será construído um reservatório com capacidade para 17 mil metros cúbicos que permitirá a reutilização da água da chuva para fins como a rega de espaços verdes e a lavagem de ruas.

Idealizado há 20 anos pelo então presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, e anunciado em 2006, o plano só avançou em 2015, com as obras dos túneis a arrancarem em 2023. Com a conclusão desta primeira fase, as atenções viram-se para o segundo túnel, que ligará Chelas ao Beato, com uma extensão de mil metros. O início das obras está previsto para novembro, com a conclusão estimada para 2026. No entanto, as intervenções irão obrigar ao encerramento parcial do metro por um período de oito meses, até abril de 2026. Carlos Moedas agradeceu a paciência dos lisboetas pelos constrangimentos causados, sublinhando que os benefícios futuros para a cidade compensarão os incómodos atuais.

Artigos

5
Close