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Clima económico diminui em outubro, invertendo tendência dos últimos três meses
Sinais Contraditórios na Economia: Confiança dos Consumidores Aumenta, Clima Empresarial Arrefece
O panorama económico de outubro revelou uma tendência divergente, com o indicador de clima económico a diminuir após três meses de subidas, enquanto a confiança dos consumidores continuou a trajetória ascendente.
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De acordo com os dados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de clima económico em Portugal diminuiu em outubro, interrompendo um ciclo de três meses consecutivos de crescimento. Em contrapartida, o indicador de confiança dos consumidores registou um aumento pelo segundo mês consecutivo, após uma quebra em agosto, pintando um quadro de sentimentos económicos mistos no país.
A deterioração do clima económico foi influenciada por uma quebra na confiança nos setores da indústria transformadora e dos serviços. Na indústria, a confiança, que vinha a subir desde fevereiro, caiu devido a “perspetivas de produção” negativas.
Nos serviços, a diminuição foi motivada por opiniões desfavoráveis sobre a evolução da carteira de encomendas e as perspetivas da procura. Em sentido oposto, os indicadores de confiança melhoraram no comércio, com um aumento significativo impulsionado por contributos positivos em todas as componentes (perspetivas de atividade, volume de vendas e existências), e na construção e obras públicas, que recuperou de uma quebra registada entre julho e setembro, graças a melhores apreciações sobre a carteira de encomendas e as perspetivas de emprego. Do lado dos consumidores, o aumento da confiança foi sustentado por perspetivas otimistas sobre a evolução futura da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da intenção de realizar compras importantes. No entanto, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira familiar contribuíram negativamente para o indicador. Relativamente aos preços, os consumidores notaram um aumento significativo na evolução passada, mas as suas expectativas sobre a evolução futura diminuíram de forma expressiva em outubro.
No que diz respeito às perspetivas de investimento para 2026, a maioria das empresas da indústria transformadora (55,9%) e dos serviços (71,1%) prevê uma estabilização face a 2025. Ainda assim, uma percentagem considerável antecipa um aumento do investimento (32,8% na indústria e 20,7% nos serviços), enquanto uma minoria prevê uma diminuição.
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