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Hospitais portugueses alertam para o aumento de internamentos por motivos sociais

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde enfrentam uma crise crescente devido ao aumento de doentes que, apesar de terem alta clínica, permanecem internados por razões sociais, sobrecarregando os serviços e gerando custos elevados.
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Várias unidades de saúde em Portugal registam um aumento significativo no número de "internamentos sociais", nos quais os doentes com alta clínica continuam a ocupar camas hospitalares. As principais causas apontadas são a falta de vagas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e em lares, a ausência de apoio domiciliário ou de retaguarda familiar, e a morosidade de processos judiciais. Esta situação transforma os hospitais em respostas sociais improvisadas, com custos financeiros elevados, riscos clínicos para os utentes, como maior exposição a infeções, e um impacto negativo no acesso de outros doentes aos cuidados de saúde, levando ao cancelamento de cirurgias e ao congestionamento das urgências. Os números de diversas Unidades Locais de Saúde (ULS) ilustram a dimensão do problema. Na ULS São José, em Lisboa, os internamentos inapropriados resultaram em 23.330 dias de ocupação indevida até novembro de 2025, com um custo estimado de 8,4 milhões de euros para este ano. Na ULS Santa Maria, registaram-se 505 casos em 2025, com um tempo médio de internamento de 50 dias e um custo diário por doente entre 400 e 500 euros. A ULS Almada-Seixal reportou 1.481 casos em 2025, com um tempo médio de internamento de 90 dias e casos extremos de doentes que aguardam vaga há mais de três anos. Em Matosinhos, o bloqueio de camas levou ao cancelamento de 717 cirurgias entre 2023 e 2025.

Além da falta de respostas sociais, os conflitos familiares e a não colaboração na preparação da alta agravam o problema.

As famílias invocam dificuldades económicas, falta de condições de habitação ou indisponibilidade para prestar cuidados. Em alguns casos, a comunicação é feita apenas através de advogados ou há uma recusa sistemática das soluções propostas, levando os hospitais a comunicar as situações ao Ministério Público para salvaguardar o bem-estar dos utentes.

A ULS Amadora-Sintra destaca ainda os desafios adicionais colocados pela população idosa sem suporte familiar e por utentes em situação migratória irregular, que tornam os processos mais complexos.

Como solução, sugere-se o reforço do apoio domiciliário e a revisão das medidas de apoio aos cuidadores informais.

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