Guerra Interna Jihadista na Nigéria: Confronto entre Boko Haram e ISWAP Deixa Centenas de Mortos



Os combates eclodiram no domingo na localidade de Dogon Chiku, no estado de Borno, nas margens do lago Chade. Fontes locais, incluindo um membro de uma milícia que apoia o exército nigeriano, Babakura Kolo, e um antigo membro do Boko Haram, relataram à agência de notícias France-Presse (AFP) que cerca de 200 terroristas do ISWAP foram mortos.
Em contrapartida, o Boko Haram terá perdido quatro dos seus membros.
Uma fonte dos serviços de informação nigerianos confirmou estar a acompanhar a situação, estimando o número de mortos em "mais de 150" e considerando os confrontos como "uma boa notícia".
Paralelamente, o exército nigeriano conduziu operações antiterroristas na mesma região.
Segundo o porta-voz militar, Sani Uba, as tropas frustraram uma tentativa de rapto de civis em Dutse Kura, também no domingo.
Na sequência, perseguiram os terroristas, resgatando 86 pessoas sequestradas, incluindo homens, mulheres e crianças.
Durante a operação, um acampamento foi destruído e foram apreendidas armas, munições e veículos.
Numa outra ação na localidade de Mangada, as forças armadas detiveram 29 indivíduos suspeitos de serem fornecedores logísticos dos grupos extremistas.
Estas operações militares surgem dias após o novo chefe do exército, Waidi Shaibu, ter apelado a uma "pressão constante" sobre os grupos terroristas.
A situação no nordeste da Nigéria é marcada pela insurgência do Boko Haram desde 2009, que se intensificou com a cisão do grupo em 2016, dando origem ao ISWAP.
O conflito prolongado já causou mais de 35 mil mortos e cerca de 2,7 milhões de deslocados internos na Nigéria e países vizinhos como os Camarões, Chade e Níger. A violência na região atraiu também a atenção internacional, incluindo uma advertência do Presidente norte-americano sobre uma possível ação militar, acusando o governo nigeriano de "permitir a matança de cristãos".
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