Aumento da Tensão entre a NATO e a Rússia

A Estónia solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e a ativação do Artigo 4.º da NATO, após três caças russos terem alegadamente violado o seu espaço aéreo sobre o golfo da Finlândia.

Na passada sexta-feira, três caças MiG-31 da Federação Russa terão entrado no espaço aéreo da Estónia, sobre o golfo da Finlândia, onde permaneceram por cerca de 12 minutos, segundo as autoridades estonianas e a NATO. Em resposta, a Itália, responsável pela missão de policiamento aéreo da Aliança Atlântica no Báltico, mobilizou caças para intercetar as aeronaves russas, numa operação conjunta com a Suécia e a Finlândia.

Moscovo negou a violação, afirmando que os seus aviões realizavam um voo previamente programado entre a Carélia e Kaliningrado, respeitando as normas internacionais.

Em consequência do incidente, a diplomacia de Talin anunciou a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para a segunda-feira seguinte, 22 de setembro. De acordo com a agência France-Presse, esta é a primeira vez em 34 anos de adesão à ONU que a Estónia solicita uma reunião deste tipo.

Adicionalmente, o primeiro-ministro estoniano, Kristen Michal, anunciou que o país iria pedir a ativação do Artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte, que prevê consultas entre aliados sempre que um dos membros se sinta ameaçado.

O ministro dos Negócios Estrangeiros estoniano, Margus Tsahkna, classificou o episódio como parte de "um padrão de comportamento mais amplo da Rússia, que visa testar a determinação da Europa e da NATO". Tsahkna referiu que este comportamento exige uma "resposta internacional" e é "incompatível com as responsabilidades de um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU", onde a Rússia possui direito de veto. Este evento ocorre num contexto de tensão acrescida, após a recente entrada de cerca de vinte drones russos no espaço aéreo da Polónia e a permanência de um drone de combate russo na Roménia durante uma hora.

Em reação, a NATO destacou dois caças para a Polónia para proteger o seu espaço aéreo.

Artigos

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