
Rússia quer reconhecimento internacional das regiões ucranianas ocupadas



O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, afirmou que, para alcançar uma paz duradoura, as "novas realidades territoriais" devem ser reconhecidas e formalizadas de acordo com o direito internacional.
As exigências de Moscovo incluem a cedência pela Ucrânia das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, cuja anexação a Rússia reivindica desde setembro de 2022, além da Crimeia, tomada em 2014.
Atualmente, o exército russo ocupa cerca de um quinto do território ucraniano.
Outra condição central imposta pelo Kremlin é a renúncia da Ucrânia aos seus planos de adesão à NATO.
O presidente Vladimir Putin clarificou que a Rússia nunca se opôs à eventual adesão ucraniana à União Europeia, mas considera a expansão da Aliança Atlântica "inaceitável" por representar uma ameaça à segurança russa. Putin mencionou que é possível alcançar um consenso sobre garantias de segurança para a Ucrânia, mas sublinhou que estas não podem ser estabelecidas em detrimento da segurança da Rússia.
A Ucrânia e a comunidade internacional não reconhecem a legitimidade das anexações.
O chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sybiga, reagiu às declarações de Lavrov, descrevendo-as como "uma nova série de velhos ultimatos" e afirmando que a Rússia não demonstra qualquer vontade de encetar negociações significativas. Sybiga defendeu a aplicação de novas e severas sanções contra a "máquina de guerra russa", argumentando que "o apetite do agressor só cresce quando não é submetido a pressão e força". A posição de Kiev mantém-se firme: a retirada total do exército russo de todos os territórios ocupados.
No plano diplomático, a Turquia, que acolheu três rondas de negociações em Istambul este ano, indicou uma possível alteração na postura russa após uma cimeira no Alasca entre Vladimir Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump.
Enquanto nas negociações iniciais a Rússia exigia a retirada total da Ucrânia das cinco regiões, Ancara sugere que Moscovo poderá agora estar disposto a congelar o conflito nas linhas da frente atuais no sul do país.
A cimeira no Alasca foi, no entanto, criticada pelo ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que classificou a receção a Putin como "doentia", embora tenha reconhecido o mérito de Trump por continuar a permitir o envio de armas para a Ucrânia.
Artigos
15














Mundo
Ver mais
Comissão eleitoral da Guiana confirma reeleição do presidente Irfaan Ali
A comissão eleitoral da Guiana confirmou a reeleição do atual presidente Irfaan Ali para um mandato de cinco anos, após as eleições de 1 de Setembro neste pequeno país rico em petróleo.

Lula avisa "traidores da pátria" de que "Brasil não recebe ordens"
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou os "traidores da pátria" e afirmou que o Brasil não "aceita ordens" de outros países, face à pressão de Washington sobre o julgamento de Jair Bolsonaro.

UNITA: "Aquele que está no poder é o único que está a contar a história"
Ex-combatente nas matas do sul de Angola e atual secretário provincial da UNITA em Mavinga, Bastos Ngangwe lamenta que, 50 anos após a independência, a reconciliação esteja por concretizar e que a história do país seja uma narrativa unilateral.

"Gays contra o estado policial!" Marcha condena violência das autoridades
Uma Parada do Orgulho Gay na capital da Sérvia condenou a violência policial contra manifestantes antigovernamentais e ofereceu apoio aos estudantes que desde novembro protestam contra o Presidente nacionalista Aleksandar Vucic.