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Privatização da Azores Airlines: Consórcio Newtour/MS Aviation aguarda decisão dos trabalhadores

O consórcio Newtour/MS Aviation, interessado na privatização da Azores Airlines, afirma ter uma visão estratégica para reestruturar a companhia, mas condiciona o avanço do negócio a uma decisão definitiva dos trabalhadores sobre o seu apoio ao plano.
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O consórcio Newtour/MS Aviation, potencial comprador da Azores Airlines, comunicou que aguarda uma “decisão definitiva” por parte dos trabalhadores, nomeadamente pilotos e pessoal de cabine, para avançar com o processo de privatização. O agrupamento sublinha que, embora as negociações com a administração da SATA estejam perto de uma conclusão, a sua visão estratégica para a companhia aérea só será implementável com o apoio ativo dos seus colaboradores.

Numa nota divulgada a 18 de setembro, o consórcio defende a necessidade de “alterar o modelo de negócio e gestão”, argumentando que “não se pode mudar de acionista para deixar tudo na mesma”. A Newtour/MS Aviation considera que os problemas da Azores Airlines são “estruturais” e não conjunturais, apontando para prejuízos acumulados de 486 milhões de euros. Para contextualizar a situação, o consórcio cita dados dos relatórios e contas entre 2022 e 2024, que indicam um aumento de 25% no número de trabalhadores com uma subida de 61% na despesa com pessoal, um crescimento de 466% em acordos de pré-reforma e um aumento nos gastos com ACMI (aluguer de aviões com tripulação) de 4,4 milhões para 28 milhões de euros.

A estratégia proposta visa devolver a estabilidade e sustentabilidade à empresa.

Para tal, o plano inclui a implementação de uma “gestão profissional” e “independente”, a adequação da rede de rotas à frota disponível, o ajuste da manutenção e a otimização dos recursos humanos através de um planeamento mais rigoroso e transparente.

O agrupamento já partilhou esta visão com a SATA Holding e os sindicatos, mas insiste que “de nada serve uma estratégia robusta sem apoio para a implementar”.

O consórcio coloca a responsabilidade da decisão nos trabalhadores, afirmando que compete a eles “analisar e decidir se a companhia aérea tem ou não viabilidade futura”.

A urgência desta tomada de posição, segundo o agrupamento, não é uma imposição sua, mas sim uma consequência da frágil situação financeira da SATA — que regista 15% da faturação em prejuízo — e dos compromissos assumidos pelo Governo da Região Autónoma dos Açores com a União Europeia.

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