União Inédita desde a 'Troika': Sindicatos Preparam Greve Geral Contra Reforma Laboral



A proposta de reforma laboral do Governo de Luís Montenegro está a unir as duas maiores centrais sindicais, a UGT e a CGTP, na preparação de uma greve geral para a primeira quinzena de dezembro.
Esta convergência, que não ocorria desde o período da “troika” em 2013, surge como resposta a um pacote legislativo que prevê alterar mais de 100 normas do Código do Trabalho e que é considerado pelos sindicatos como um “retrocesso legislativo, altamente penalizador para os trabalhadores”. O descontentamento sindical intensificou-se com o que consideram ser o esvaziamento do diálogo social.
As últimas reuniões da Comissão Permanente de Concertação Social foram adiadas sem nova data, e os sindicatos acusam o Executivo, liderado pela ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, de focar-se excessivamente nos interesses das empresas em detrimento dos direitos dos trabalhadores.
Mário Mourão, secretário-geral da UGT, afirmou que, “entre escolher um mau acordo ou uma luta nas ruas, escolhemos a luta nas ruas”, sinalizando a disposição da sua central para uma paralisação de grande escala. A UGT está a finalizar o processo de consulta aos seus sindicatos, com uma reunião do Secretariado Nacional agendada para 13 de novembro para tomar a decisão final, sendo o sentimento geral favorável à greve.
Por seu lado, a CGTP, que desde o início se opôs frontalmente à reforma, já tem agendada uma grande manifestação em Lisboa para este sábado.
O seu secretário-geral, Tiago Oliveira, defende que é preciso “dar um sinal ao Governo de que tem de recuar” e poderá anunciar “novas formas de luta” durante o protesto, incluindo a confirmação da greve geral conjunta.
As duas centrais sindicais têm mantido um diálogo intenso e estão alinhadas quanto ao calendário da paralisação.
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