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Ciência Não Mente: OMM Lança Alerta Climático Severo na Abertura da COP30

Na abertura da cimeira da ONU sobre o clima, a secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial apresentou um quadro alarmante do estado do clima em 2025, sublinhando que o planeta se dirige para um futuro "mais quente e mais perigoso".
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O ano de 2025 está a caminho de ser um dos mais quentes de sempre, com a temperatura média global até agosto a situar-se 1,42ºC acima dos níveis pré-industriais.

O alerta foi deixado por Celeste Saulo, secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), durante o seu discurso na abertura da cimeira climática COP30, que reúne líderes mundiais em Belém, no Brasil.

Apresentando uma atualização do Estado do Clima 2025, Saulo enfatizou a "dura realidade" dos factos científicos, afirmando que "a ciência não mente" e que "a série alarmante de temperaturas excecionais continua".

Segundo a responsável, os indicadores climáticos atingiram níveis críticos.

As concentrações de gases com efeito de estufa (GEE) estão no seu ponto mais elevado em 800.000 anos, com o aumento dos níveis de dióxido de carbono entre 2023 e 2024 a ser o maior já medido.

A isto somam-se outros recordes preocupantes: o calor dos oceanos, a contínua subida do nível do mar e a extensão do gelo marinho na Antártida e no Ártico, que atingiram mínimos históricos.

Estas alterações, explicou Saulo, não são avisos distantes, mas sim a realidade atual, manifestando-se em "condições meteorológicas destrutivas", como chuvas torrenciais e calor extremo.

Este cenário torna praticamente impossível limitar o aquecimento global a 1,5ºC, a meta estabelecida no Acordo de Paris, sem que este limite seja temporariamente ultrapassado nos próximos anos.

Apesar do panorama sombrio, Celeste Saulo reconheceu alguns progressos, como a implementação de sistemas de alerta precoce que estão a salvar vidas. No entanto, apelou para que a COP30 seja recordada como o momento em que o mundo "mudou de rumo" e não como mais um aviso ignorado.

"Não podemos reescrever as leis da física, mas podemos reescrever o nosso caminho", concluiu.

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