
Cortes em cabos submarinos interrompem Internet na Ásia e Médio Oriente



Cortes em cabos de fibra submarina no Mar Vermelho interromperam o acesso à Internet em várias regiões da Ásia e do Médio Oriente.
A empresa de análise de Internet NetBlocks atribuiu as falhas a problemas que afetaram os sistemas de cabos SMW4 (Southeast Asia-Middle East-Western Europe 4) e IMEWE (India-Middle East-Western Europe) perto de Jidá, na Arábia Saudita.
A Microsoft confirmou que a região do Médio Oriente poderia registar um aumento de latência, assegurando, no entanto, que o tráfego que não passa pela zona não foi afetado.
A degradação da conectividade afetou vários países, incluindo a Índia e o Paquistão.
Nos Emirados Árabes Unidos, utilizadores das redes estatais Du e Etisalat queixaram-se de velocidades de acesso mais lentas.
O cabo SMW4 é operado pela Tata Communications, de um conglomerado indiano, enquanto o IMEWE é gerido por um consórcio liderado pela multinacional francesa Alcatel-Lucent.
Apesar do impacto significativo, a causa dos cortes nos cabos ainda não foi determinada.
As reportagens sublinham que não há, até ao momento, indicações sobre o que originou o incidente.
O canal de notícias al-Masirah, detido pelos Huthis, reconheceu a ocorrência dos cortes, mas não comentou a sua origem.
O incidente ocorre num período de elevada tensão geopolítica.
Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão, têm estado envolvidos em ataques contra Israel, em retaliação pela ofensiva israelita em Gaza. No início de 2024, o governo do Iémen no exílio acusou os Huthis de planearem atacar os cabos submarinos, alegações que os rebeldes negaram na altura. Entre novembro de 2023 e dezembro de 2024, os Huthis atacaram mais de 100 navios, afundaram quatro embarcações e foram alvo de uma campanha de ataques aéreos liderada pelos EUA.
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