O Legado Persistente do Colonialismo: O Apelo de Costa a uma Parceria Renovada entre Europa e África



Na abertura da 7.ª Cimeira União Africana–União Europeia, em Luanda, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que, apesar de as colónias europeias em África terem terminado há 50 anos, pondo fim a um ciclo de 500 anos, “os efeitos do colonialismo ainda não terminaram”.
No seu discurso, o ex-primeiro-ministro português destacou que o comércio de escravos foi o momento mais dramático deste período e apelou a que europeus e africanos trabalhem em conjunto pela paz e prosperidade.
Num tom pessoal, Costa recordou a ligação histórica com Angola, felicitando o país, bem como Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, pelos 50 anos de independência em 2025.
Sublinhou ainda que a luta de libertação dos povos africanos “acelerou a queda da ditadura” em Portugal, o que permitiu a posterior adesão do país à União Europeia.
O responsável assinalou também o 25.º aniversário da parceria estratégica entre os dois continentes, descrevendo-a como “uma verdadeira parceria de continente para continente” baseada na igualdade e no respeito.
Considerou a juventude africana “um dos maiores trunfos para o futuro partilhado”, concluindo que África e Europa são hoje “parceiros por escolha mútua, unidos por interesses comuns”.











